Alexandre Borges se emociona ao falar da família e faz planos para celebrar 19 anos de casamento com a atriz Julia Lemmertz em 2012
Do alto do Castelo de São Jorge, um dos cartões-postais de Lisboa, Alexandre Borges (45) aprecia a visão privilegiada do Rio Tejo e fica com a voz embargada. Sente saudades da mulher, atriz Julia Lemmertz (48), e do filho deles, Miguel (11). “Ainda é difícil ficar longe deles. Até porque já estivemos juntos neste país. São muitas lembranças”, conta Alexandre. Na viagem sozinho a Portugal para uns dias de descanso, ele adianta que celebrará os 19 anos de casamento, em 2012, com uma lua de mel. “Como o tempo passou rápido! Temos que festejar a nossa união. Ainda vamos pensar no roteiro, mas queremos ter um momento só nosso”, revela, apaixonado.
De férias da TV desde o fim de Ti Ti Ti, em março, o ator vai apresentar este mês o projeto Poema Bar, em que homenageia Vinicius de Moraes (1913-1980) e Fernando Pessoa (1880-1935). Ainda em outubro, ele começa a rodar Corpo Fechado, de Luiz Henrique Rios. Paralelamente, continuará nos palcos com a peça Eu Te Amo, que fica em cartaz no Rio até 27 de novembro. Já Julia Lemmertz vive a personagem Esther, da novela Fina Estampa.
– Em nenhum momento o trabalho atrapalhou o casamento?
– Cada viagem é uma prova de fogo para a relação. A gente tenta passar segurança. Ao mesmo tempo, acho que você tem que praticar o desapego. Não pode ter algum tipo de reclamação. Antes de casar, já era amigo dela. Sei que a paixão de Julia é atuar, como a minha também. E a nossa profissão tem esses sacrifícios.
– Mas o coração aperta?
– Com certeza. A saudade, a vontade de estar junto. Apresentei Portugal a Julia. Claro que seria melhor para mim se ela e o Miguel estivessem comigo. Vim com ele nas férias de julho aqui. Mas nem sempre isso é possível. Como Portugal é minha segunda casa, me sinto muito à vontade. Gosto de caminhar e buscar a história.
– Quando fica distante de casa não bate uma insegurança?
– Não, principalmente quando se está em um relacionamento sério. Tanto é que se fosse em outra época, iria aproveitar a minha ida à Europa para passear por outros lugares. Mas tenho a necessidade de voltar para casa.
– Além da lua de mel, pensa em reafirmar os votos com Julia?
– Há dois anos fizemos isso. Houve uma pequena celebração religiosa na nossa casa mesmo. Foi muito bonito e emocionante.
– Considera-se um homem que entende as mulheres?
– Fui criado pela minha mãe, tenho irmãs, Julia, minha enteada, Luiza, e primas. Transito bem entre mulheres de todas as idades. Tenho um fascínio pelo mundo feminino porque acho que elas estabelecem uma relação de maior carinho, com menos competição, com pensamentos mais inusitados. Fujo desse lado do homem como figura de força, de se impor através de ato físico. E acho que cresço mais do lado de uma mulher do que de um homem.