Alagar: de lago, do latim lacus, étimo presente neste verbo, antecedido do prefixo "a" e precedido do sufixo "ar", indicando ação que faz das cidades vastas cisternas a céu aberto, como se fossem reservatórios ou represas. São de canção de Tom Jobim (1927-1994) estes versos: "São as águas de março fechando o verão/ É a promessa de vida no teu coração". Mas, exageradas, vindo em janeiro ou fevereiro, costumam trazer muita preocupação pelo que podem causar em cidades que, não podendo alegar surpresa, jamais se preparam convenientemente para recebê-las em tão grande quantidade.
Desassorear: de assorear, palavra que traz o étimo latino arena, areia, escrito também harena, designando o que está sob a areia, significando, pois, encher de areia. O prefixo "des" indica o seu contrário, isto é, a retirada da areia. Quando se fala em desassoreamento dos rios, o que se quer dizer é que serão limpos os seus leitos, em geral abarrotados não apenas de areia, mas de muitas outras substâncias que impedem o livre curso das águas, produzindo enchentes e alagamentos.
Equidade: do latim aequitate, declinação de aequitas, equidade, do mesmo étimo de aequalitate, declinação de aequalitas, igualdade. No começo, a palavra foi aplicada à terraplenagem, designando o terreno tornado igual, livre de pequenas elevações ou buracos, passando depois a indicar o modo de tratar o semelhante, com justiça, respeitando e reconhecendo suas condições. Para além do Direito e antes de sua aplicação, designa sentimento que se considera justo acerca das pessoas, principalmente quando em nosso convívio.
Governança: do latim gubernare, mais o sufixo ança. Designa o ofício de governar, cujos sinônimos são governo e governação, sendo mais usado governança, agora quase sempre acompanhado do adjetivo corporativo, com o fim de marcar que o ato de governar um país, um Estado ou uma empresa dá-se com parcerias apropriadas. A expressão "governança corporativa" foi criada no começo dos anos 1990, para conciliar os interesses de todos os envolvidos nos objetivos a serem atingidos, dando unidade aos trabalhos. Os princípios da governança corporativa são quatro: equidade, prestação de contas, transparência e sustentabilidade.
Insetívoro: de inseto, do latim insectum, cortado, porque pareceu a quem assim o denominou que o corpo era seccionado em três partes, por dois estrangulamentos, e a terminação voro, radicada no verbo latino vorare, engolir, devorar. A toupeira, o tamanduá, o sapo e o morcego estão entre os animais que se alimentam de insetos. No caso dos morcegos, por estranho que pareça, apenas três espécies se alimentam de sangue. E 70% deles são devoradores de insetos. Embora alguns sejam também carnívoros, muitos ingerem apenas frutas, néctar, pólen e folhas. Esses últimos são quase vegetarianos. Em Levítico 11, 13-19, a Bíblia inclui o morcego entre as aves que não devem ser comidas, ao lado da águia, do falcão, do abutre, do milhafre, do corvo, da andorinha, da coruja, do gavião, do mocho, do íbis, do pelicano, da garça e do alcatraz. Quando o narrador bíblico quis passar essas recomendações, o morcego, por voar, era considerado ave e não mamífero.
Selo: do latim sigillum, sinete, estatueta, com o sentido de sinalzinho, diminutivo de signum, sinal, com o fim de lacrar cartas e documentos despachados por meio de mensageiros com a marca do remetente impressa em cera ou em outro recurso utilizado para garantir o segredo, vale dizer o sigilo da correspondência, usado para identificação simbólica de poderes, como o selo papal, o selo real, o selo de episcopados, igrejas, ordens religiosas, empresas e Estados. Nos correios, veio a funcionar como indicação de pagamento do despacho, antes de responsabilidade do destinatário. O Brasil foi o segundo país a emitir selos nos correios, em 1843. O primeiro foi a Inglaterra, em 1840. Em 1973, foi lançado o selo São Gabriel Padroeiro dos Correios, em referência ao anjo que veio do céu para anunciar que Nossa Senhora estava grávida e não era de São José, era do Altíssimo. Anjo, do grego ággelos, pelo latim angelus, quer dizer mensageiro. A fauna, a flora e personalidades referenciais do Brasil já foram homenageadas com seus retratos nos selos.
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