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O que Messi teve? Entenda a deficiência do hormônio do crescimento

Em entrevista à CARAS Brasil, o endocrinologista pediátrico Miguel Liberato esclarece sobre hormônio do crescimento e analisa caso do jogador Messi

Miguel Liberato e Felipe França

por Miguel Liberato e Felipe França

Publicado em 10/09/2024, às 12h51

Na infância, o jogador Lionel Messi foi diagnosticado com a deficiência do hormônio do crescimento - Getty Images

Um dos maiores jogadores da história do futebol, Lionel Messi (37) teve uma longa caminhada até o sucesso, inclusive, na infância ele enfrentou um problema de saúde que poderia ter afetado sua desenvoltura no esporte. Em entrevista à CARAS Brasil, o pediatra Miguel Liberato explica sobre a condição que afetou o desenvolvimento do astro do futebol 

Aos 9 anos, Lionel Messi foi diagnosticado com a deficiência do hormônio do crescimento (DGH). Essa é uma doença rara, que acomete 1 a cada 4000 crianças. Pode estar presente desde o nascimento ou ser adquirida em algum momento da vida. 

O especialista avalia que a deficiência de GH começa a interferir no crescimento de forma mais evidente após os dois anos de idade: "Quando observamos que a criança não está crescendo conforme o esperado, demorando muito para trocar a numeração de roupas e calçados ou até mesmo quando ela se torna menor em estatura comparado às demais de sua idade".

O Dr. Miguel menciona que o tratamento deve ser iniciado assim que o diagnóstico é feito, ou seja, quanto antes iniciado, melhor a resposta na recuperação da estatura. Se os cuidados não começarem logo, a criança pode apresentar problemas em sua desenvoltura. 

"Há um importante comprometimento da estatura final, observado com baixa velocidade de crescimento ao longo da vida, impedindo a criança de atingir a estatura esperada para seu potencial genético", declara.

Com relação ao caso do jogador Lionel Messi, o pediatra afirma que o tratamento certo e feito no momento oportuno garantiu a ele um crescimento saudável e semelhante ao da maioria das crianças. Atualmente, o jogador tem 1,70 de altura. 

Segundo relatos, Messi precisou se submeter a 2 mil aplicações de injeções diárias para tratar sua condição. O Dr. Miguel explica porque esses números são tão altos, mas garante que atualmente existem outras formas de tratamento que evitam essas repetições. 

"Como o tratamento é mantido durante todo período de crescimento, ele se torna longo. Na tentativa de espelhar a secreção do hormônio do crescimento pela glândula hipófise, o tratamento com GH era feito através de injeções subcutâneas noturnas, diariamente", explica.

"Por esse motivo, a quantidade de aplicações referidas pelo jogador acaba sendo mais alta. Recentemente, porém, surgiu a possibilidade do tratamento ser realizado com injeções semanais, ao invés de diárias, o que reduz muito o número de aplicações", finaliza. 

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Miguel Liberato e Felipe França

Dr. Miguel Liberato é endocrinologista pediátrico formado em Pediatria (CRM 170830) na Universidade Federal do Espírito Santo, com especialização pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e título pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Professor do curso de Medicina da Faculdade das Américas e da pós-graduação em Endocrinologia Pediátrica no Instituto Superior de Medicina (ISMD).

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