COMENTÁRIOS INCONVENIENTES

Especialista analisa críticas a Sthefany Brito: ‘Querem colocar a mãe numa sensação de incapacidade’

Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Letícia de Oliveira também explica por que as pessoas têm a necessidade de criticar, principalmente mães de recém-nascidos

Leticia de Oliveira

por Leticia de Oliveira

Publicado em 23/10/2024, às 20h58

Sthefany Brito com o caçula Vicenzo, de apenas 1 mês - Reprodução/Instagram

Sthefany Brito (37) resolveu desabafar após receber alguns comentários sobre a forma como cuida de seu filho caçula, Vicenzo, de apenas 1 mês. Após receber comentários inconvenientes nas redes sociais, a atriz usou o Instagram nesta terça-feira, 22, para dar uma resposta afiada a uma internauta.

Nos stories, ela compartilhou um print das mensagens que recebeu. "Você já está acostumando mal, ele ainda é bebê, deixa ele no bercinho, ele vai acostumar", disse a pessoa. E a artista comentou: "Meu filho não tinha nem 1 mês de vida e ela dizendo que estou acostumando mal no colo! Nem um mês!".

Em seguida, Sthefany  mostrou que a pessoa respondeu ao seu vídeo, emocionada por ver o herdeiro dando risada para ela. "Precisa chorar", disse a pessoa. E ela retrucou: "Meu filho dando os primeiros sorrisos e eu emocionada, e ela dizendo que não precisa chorar!". Por fim, a artista falou: "Vai palpitar na vida dos outros. Chata. Mal amada! Tchau! Bloqueada!".

A reação da atriz chama a atenção por se tratar de mais uma mãe, ainda no puerpério, sendo pressionada pela sociedade a ser exemplo de perfeição, mesmo que ela não esteja fazendo nada de errado. Pensando nisso, a CARAS Brasil conversou com a psicóloga Letícia de Oliveira, que explora o tema e analisa as críticas a irmã de Kayky Brito (36). “Costumo brincar que filho vira patrimônio público”, inicia.

“As pessoas que não te conhecem – no dia a dia de uma mãe comum, de uma mãe não famosa – já dão palpites, pitacos, fazem críticas. É comum você estar com o seu bebê e alguém que não te conhece perguntar: ‘Nossa, não está com calor? Não está com frio? Não está muito barulho? Ela não está com fome?’. As pessoas se sensibilizam muito quando o tema é criança, e elas perdem completamente o limite”, emenda.

Segundo a psicóloga, por ser uma criança e por ser uma vida vulnerável, as pessoas acabam perdendo o respeito e a noção do espaço do outro. “E isso eu estou falando de uma pessoa comum, não famosa. Quem dirá, uma pessoa famosa, com muita visibilidade. De uma forma geral, as pessoas são invasivas e dão palpite. Elas têm essa tendência a fazer muito mais quando veem uma criança, diante de nascimento de um bebê. E elas fazem isso, algumas, por realmente falta de bom senso, por preocupação excessiva, por achar que a maneira que elas criam, ou que elas criariam é diferente, é a certa, e por maldade mesmo, por inveja, por querer colocar a mãe, que está ali do outro lado da tela, numa sensação de incapacidade”, salienta.

Letícia pontua: “Seria tão mais fácil se as pessoas elogiassem, se as pessoas dissessem o quanto a gente é bom. Virassem para uma mãe e a elogiassem. ‘Nossa, que legal você dando conta de duas crianças! Que legal você já estar conseguindo trabalhar. Como o seu filho está saudável! Que legal que ele come dessa maneira. Que bacana que você consegue não expor o seu filho a iPads e a tablets desde cedo’. Mas toda vez que o ser humano vê algo diferente do que ele faz ou faria, é como se fosse um confronto para ele, como se fosse uma negação, uma invalidação daquilo que ele faz. E naturalmente ele ataca o diferente, ataca quem faz diferente, porque no fundo ele não quer se olhar”.

Para finalizar, a especialista dá um conselho importante para a atriz Sthefany Brito, para todas as mamães que passam pela mesma situação e todos que estão enfrentando algum problema na vida, como o desemprego. “Lidar com críticas é sempre muito ruim e a gente precisa se estruturar emocionalmente, porque essas críticas elas vêm veladas, vêm explícitas, vêm para pessoas comuns e elas vêm principalmente em momentos de vulnerabilidade – quando a gente está vulnerável, doente, com filho pequeno, desempregado, com problema financeiro, acima do peso, quando se divorciou”, frisa.

“São nesses momentos que as pessoas invadem, porque ali que elas percebem que tem um potencial de nos destruir. Então, se fortalecer na vulnerabilidade, talvez se poupar no momento em que se sentir mais fragilizada, porque infelizmente tem muita gente frustrada, muita gente amarga, muita gente que vai aproveitar o momento de fragilidade do outro para poder se sentir um pouco melhor”, garante.

Leia também: Sthefany Brito celebra primeiro mês do filho com festa temática

Leticia de Oliveira

Leticia de Oliveira é psicóloga comportamental (CRP SP: 0695130) com referência em Análise comportamental. É fundadora do Núcleo Letícia Oliveira, ao qual presta atendimentos multidisciplinares, com foco na saúde e cuidado do corpo e mente. Atuou como psicóloga consultiva no programa “É De Casa”, da Rede Globo, e ao longo de sua carreira, já ajudou milhares de mulheres a conquistarem o controle de suas moções e terem uma leve e feliz om seus treinamentos e consultas.

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