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Corte de Paris declara Galliano culpado

O estilista, demitido da Dior após suas polêmicas declarações antissemitas, não será preso; ele deverá pagar uma multa de 6 mil euros

Redação Publicado em 08/09/2011, às 09h29 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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John Galliano - Getty Images
John Galliano - Getty Images

O estilista John Galliano (50), creditado no mundo da moda como o grande responsável pela revitalização da marca Christian Dior, foi considerado culpado pela justiça francesa. Ele estava sendo acusado de cometer discriminação motivada por ódio e preconceito antissemita. A sentença foi divulgada nesta quinta-feira, 8, e ele não será preso, no entanto, terá de pagar uma multa de 6 mil euros.

O julgamento do estilista começou em 22 de agosto no Palais de Justice em Paris. Na ocasião, Galliano alegou, em sua defesa, tripla dependência de álcool e drogas. “Eu tenho um vício triplo. Segui um programa de reabilitação, passei dois meses no Arizona, ainda estou sendo tratado e passei dois meses na Suíça”, disse durante o julgamento. “Eu sou um alcoólatra em recuperação”. Questionado pela juíza, o ex-estilista da Dior afirmou não se lembrar de nada. “Eu não tenho nenhuma lembrança dos eventos. Eu li sobre eles mais tarde”.

No início do julgamento, Galliano desculpou-se pela ofensa e afirmou que as palavras pronunciadas não refletem seu pensamento. “As coisas de que tenho sido acusado hoje não formam o meu ponto de vista. Durante toda a minha vida lutei contra o preconceito e também fui vítima dele. Peço desculpas por toda a tristeza que causei”. O estilista também revelou que não trabalha desde a sua demissão.

Galliano poderia cumprir até seis meses de prisão e pagar 22.500 euros de multa, por isso, a pena está sendo considerada branda na Europa.