O músico e ator começa a trabalhar em seu novo disco e prepara volta à TV após atuar em 'Malhação'
Pedro Bernardo tinha apenas cinco anos quando teve seu primeiro contato com um instrumento musical. A paixão foi imediata e ele não parou mais - tanto que o cavaco virou seu 'sobrenome'. Hoje, aos 23 anos, Pedrinho do Cavaco comemora a parceria com o padrinho Milton Nascimento na turnê Linha de Frente, ao lado de Criolo; trabalha na produção de seu novo álbum e prepara sua volta na TV após atuar em Malhação na temporada 2012/2013.
Em bate-papo com CARAS Digital ele explica a influência do padrinho em sua vida, conta como a novela teen mudou sua carreira e fala de sonhos. "O Milton é um pai, está sempre me dando conselhos". Confira!
- Como foi seu começo na música?
Foi ainda muito novo, com cinco anos. Meu pai me levou em um aniversário de um amigo e lá estava acontecendo uma roda de samba. Quando deu o intervalo, sentei, peguei o banjo e comecei a tocar. Meu pai, óbvio, me deu uma bronca, mas o dono do instrumento falou para ele que eu tinha jeito para coisa e não seria filho para ele e sim para o mundo. Depois disso, ganhei um cavaquinho de presente e nunca mais nos largamos. A partir daquele momento, comecei a estudar os outros instrumentos como piano, violão, bandolim, bateria, etc.
- Ser afilhado do Milton Nascimento influenciou na profissão?
Na verdade, quando conheci o Milton eu já tocava. Fazia parte de um projeto social da Mangueira chamado 'Mangueira do Amanhã'. Fui fazer um show com a escola de samba no Tom Brasil em São Paulo (hoje HSBC Brasil) e ele me viu tocando, me chamou e pediu para tirar uma foto. Foi de uma simplicidade sem tamanho. Daí viramos amigos, parceiros musicais e ele veio me batizar.
- O que você aprende com ele e o Criolo nos shows da turnê?
Primeiramente é uma honra fazer turnê com esses dois gênios. O Milton é um ícone da música brasileira, e o Criolo é um talento que há tempos não se via. Além de aprender musicalmente, aprendo muito com o profissionalismo e o modo como os dois conduzem o show, são artistas singulares.
- Qual a principal dica ou conselho que ele já te deu até hoje?
O Milton é um pai, então ele está sempre me dando conselhos. Mas o principal conselho que ele me dá é para que não desista jamais, que uma hora vai dar certo e que estou no caminho certo.
- Ser afilhado dele e trabalhar junto aumenta a sua responsabilidade?
Com certeza, aumenta. Ao mesmo tempo em que é um orgulho e um prazer enorme ser afilhado desse mestre, a responsabilidade triplica. Mas é gostoso demais, pois estou sempre me cobrando em fazer melhor. E claro, aprendendo cada vez mais.
- Depois de Malhação, o que mudou para você?
A Malhação veio no momento certo para mim. Era um menino que tinha participado de todos os programas quando novo, tinha sido o primeiro vencedor do quadro "Se Vira nos 30" do Faustão, mas estava um pouco esquecido. Quando recebi o convite para os testes, agarrei com unhas e dentes e graças a Deus rolou. Daí todo o público que lembrava de mim pequeno, voltou a se lembrar. E os que não conheciam passaram a conhecer. A Malhação foi muito importante para mim. Além disso, pude mostrar também o meu lado compositor: compus a música Revanche, especialmente para a novela e foi trilha da série, deu super certo.
- Pensar em voltar a atuar?
Penso sempre. É uma paixão que só aumenta a cada dia. Tive que fazer uma pausa por conta desta turnê, mas já estou me dedicando novamente à carreira de ator também e em breve estarei atuando novamente.
- Quais são seus sonhos na profissão de músico e de ator?
Tenho muitos sonhos, mas muitos mesmo. Vou começar a trabalhar meu novo disco e tenho o sonho de minhas composições chegarem cada vez mais no gosto e no coração do povo, levar minha música seja como for e voltar a fazer novela e filme. Acho que vale destacar também que o ano de 2014 foi também muito especial pois pude compor com a Gaby Amarantos e outros parceiros a música Gaby Ostentação, sucesso no Brasil na voz dela e trilha da novela Geração Brasil.