Na Ilha, atriz realça amadurecimento conquistado com a maternidade
Desde que a filha, Luisa (5), da união com o ator e cantor Raoni Carneiro (33), tornou-se um pouquinho menos dependente da sua presença, Fernanda Rodrigues (35) vem retomando com força a carreira, iniciada aos 4 anos. A atriz, que completa 24 anos de Globo desde sua estreia em Vamp, atualmente acumula sucessos: está no ar na novela Sete Vidas e no programaFazendo a Festa, do GNT, em turnê com o sucesso teatral Tô Grávida, ao lado do ator Paulo Vilhena (36), e à frente do blog Cheguei ao Mundo. No ano passado, também estrelou o longa Vestido pra Casar. “Eu me considero muito abençoada, sortuda na minha carreira. Durante um ano e meio, fiquei 100% dedicada a Luisa, foi essa a minha opção em relação à maternidade. Mas, agora que ela tem sua rotina certa, os compromissos, retomei a profissão, minha vida. E venho me permitindo experimentar coisas novas, não só na TV”, analisa a atriz, na Ilha de CARAS. Segundo Fernanda, a maternidade também foi fundamental em vários aspectos, tanto em relação ao amadurecimento pessoal como para a união de seis anos com Raoni, de quem já era amiga antes do envolvimento amoroso. “É a relação de maior parceria que já tive”, assegura ela.
– Como está a Luisa?
– Ela é minha companheira, está comigo o tempo todo, como se fosse parceira de vida. Antes, era bebê, tinha de fazer as coisas para ela. Agora, não. A gente viaja junto, minha filha adora conversar, me vê no teatro e fica orgulhosa. Temos uma relação forte. Fiquei um ano e meio dedicada apenas a cuidar dela e acredito que essa união tenha se construído aí também.
– Vê muitas características suas e de Raoni nela?
– Acho que tem muito de nós, porque ela acompanha a nossa vida, essa correria, a gente trabalha bastante. Então, é uma criança ativa, independente, segura e sociável. Adora se comunicar.
– Assim como foi com você, ela pode se tonar atriz mirim?
– Se for o que ela quiser, com certeza. Mas não fico forçando, também não podo, deixo as coisas rolarem. Sinto que tem muito isso nela, mas de outras coisas também. Adora música, pintura, tudo o que é ligado à arte.
– Deseja ter outro filho?
– Quero muito. Só que essa maneira que escolhi de ser mãe, de parar tudo e ficar 100% dedicada, exigiu muito de mim, muito tempo. Quando voltei a atuar, no remake da novela O Astro, em 2011, sofria de ficar longe. Agora que retomei minha vida, teria de desacelerar tudo de novo. Mas também não há regra, quando é para ser, acontece.
– São seis anos de relação com Raoni. Sabe explicar por que o encontro deu tão certo?
– Eu e o Ra já éramos bem amigos, antes do romance. Já o conhecia muito, sua família, índole, valores. Então, quando nos envolvemos, já tínhamos elos construídos. Isso faz diferença. Também somos parceiros, aconteça o que acontecer, estamos juntos. Fora a admiração mútua. Essa torcida de um pelo outro é importante, alimenta também a nossa relação.
– Mesmo com uma criança em casa, conseguem manter momentos a dois?
– A gente batalha por isso, tem fases mais complicadas. Agora, por exemplo, estamos trabalhando muito. Mas sempre acabamos dando um jeito.
– Quem é mais romântico?
– Nenhum dos dois. Nosso relacionamento não é baseado nisso, mas na parceria. E dá supercerto. Dessa forma, não há cobrança de ações românticas.
– Vocês já pensaram em oficializar a relação?
– Nunca casamos, fizemos uma confraternização com as famílias e engravidei logo. Nossa celebração maior foi a chegada da Luisa. Sempre falamos em fazer uma festa, mas com todos os cuidados com a filha, as prioridades viram outras e vamos adiando... Mas também me sinto completamente casada, moro junto, divido contas e tenho Luisa. Mais unida que isso, impossível!
– Como se vê aos 35 anos? Passou a se cuidar mais?
– Sempre falo que tive muita sorte nessa herança genética, porque minha mãe não aparenta a idade que tem, nem minha avó. Mas, na verdade, sempre fui relaxada. Só agora, depois dos 30 anos, é que estou mais preocupada em me cuidar.
– E o que tem feito?
– Não pego mais sol no rosto, não saio mais sem protetor, faço pilates, que é bom para o corpo e mente, e me alimento melhor. Mas odeio radicalismo, também não pretendo de jeito algum virar uma pessoa que não come glúten e lactose. Adoro besteira.
– O que a maturidade lhe trouxe de melhor?
– Eu diria que a maternidade me mudou. Ela, por si só, é uma injeção de maturidade. No dia em que Luisa nasceu, uma chave virou em todos os sentidos na minha vida, na relação com a minha mãe, com o meu marido, com a minha profissão. As coisas passam a ter o peso que realmente têm. Antes, me irritava com facilidade. Agora, é difícil me tirar do sério ou me magoar. Tenho mais paz e isso me ajuda até durante o trabalho. É visível a minha maturidade de interpretação na TV, no teatro, as pessoas até comentam comigo.
– No tempo afastada da TV você se dedicou ao cinema, teatro, como avalia esse período?
– Fiz a novela O Astro há uns quatro anos. Depois, o filme Vestido pra Casar e a peça Tô Grávida. Foi bom para mim, porque sempre trabalhei muito em TV. Fui me permitindo viver coisas novas, me descobrir mais como atriz. As coisas aconteceram de forma positiva. E quando me convidaram para Sete Vidas, achei que era hora de voltar à minha paixão antiga. Sou cria da TV, ali aprendi tudo o que sei. Fora o texto da Lícia Manzo sobre relações humanas, não tem muita coisa fora da realidade. Estou amando fazer. Me emociono lendo o texto e depois assistindo na televisão.
– A que credita o sucesso da peça Tô Grávida?
– Em setembro, vamos completar dois anos em cartaz. Montamos na raça, no amor, sem patrocínio ou apoio. Isso conta muito, há dedicação grande de todos. Eu e o Paulinho Vilhena somos produtores também. E tem o texto maravilhoso da Regiana Antonini, a direção do Pedro Vasconcelos, e o fato de eu e Paulinho nos amarmos de verdade. Trabalhar com quem a gente ama faz diferença. Ele é o melhor amigo do meu marido, padrinho da Luisa, é uma pessoa que admiro. E a plateia sente essa energia positiva toda. Agora faremos Niterói, em junho, depois viajaremos pelo Brasil e, em seguida, vamos começar uma temporada em São Paulo.