Na Ilha de CARAS, herdeira de José Mayer diz que busca seu espaço sem ligar para cobranças
Desde que decidiu seguir a carreira artística, Júlia Fajardo (27) sabia que as comparações com o pai, José Mayer (63), seriam inevitáveis. Mas isso nunca abalou a jovem, do casamento do ator com a produtora Vera Fajardo (60), que começou a descobrir sua paixão pela arte ainda criança, quando acompanhava Zé nas turnês de teatro. “Se der ouvidos a isso, não vou sair do lugar. A comparação trava o artista e gera uma cobrança enorme. Então, há tempos decidi que não vou me incomodar”, afirmou ela, na Ilha de CARAS.
Com dedicação, Júlia, que é formada pelo Tablado, trilha seu caminho e admite que, antes de se tornar atriz, era extremamente tímida. “Hoje sou falante, expressiva. Me deixei levar por essa paixão e me transformei na pessoa que sou graças ao universo do teatro”, garantiu. Alguns dos frutos, já colhe em 2012. Além de estrear na TV em Rei Davi, da Record, como Tamar, filha do monarca, que entrará na última fase da minissérie, ela acaba de realizar o sonho de subir aos palcos ao lado do pai no musical Um Violinista no Telhado, em cartaz em SP.
– Como está sendo a experiência de atuar ao lado dele?
– É bacana acontecer agora porque estou mais madura para lidar com tudo, até se vier um puxão de orelha. Meu pai é exigente no trabalho. O papel tem arco dramático muito forte. Vivo uma das filhas dele, que faz um judeu. E ela quebra tradições, se apaixona por um russo católico. Brinco que nem preciso de terapia. Em nosso primeiro trabalho já temos esse enfrentamento. Não sei se teremos outra oportunidade assim.
– Como é a relação de vocês?
– Não moramos mais juntos, mas não conseguimos ficar longe um do outro. Sendo filha única, sempre fui cercada de atenções. Isso se reflete em mim, me considero amorosa. Meu pai é a minha maior fonte de inspiração, mas tenta não me influenciar, respeita meu processo de criação. Em relação a ele, me comporto como filha e fã. É supertalentoso. Além do seu sucesso na última novela das 9, Fina Estampa, faz um trabalho genial na peça, mostrando que é mais do que um galã. Me inspira ver uma pessoa aos 63 anos, com tanto tempo de carreira, se reinventar.
Isso serve de exemplo para mim e todos os jovens atores.