Atriz de 'Alto Astral' e sua trilha com leveza até a aceitação
O humor é um elemento presente e marcante tanto na trajetória profissional da atriz Marianna Armellini (37) quanto na sua vida pessoal desde cedo. “Quando somos mais novos, adolescentes, estamos sempre querendo nos encaixar em algum grupo. Nunca fui a linda, a popular, a esportista. Era uma aluna superboa, mas não a ‘gênia’. Então, para me encaixar em algo, me encontrei no humor. Sempre gostei de assistir aos filmes do Jerry Lewis e de Os Trapalhões, faziam com que eu me sentisse bem. Queria poder proporcionar isso também às pessoas”, revelou, na Ilha de CARAS, a intérprete da Ana Dirce, um espírito que não sabe que morreu, na novela das 7, Alto Astral.
– Agora está ‘encaixada’?
– Sempre tive a autoestima baixa. Criança e adolescente não são bonzinhos. Mas realizei que você não precisa ser bonito para se sentir bonito. Hoje, me sinto bonita, mas não foi sempre assim. Era a primeira a tirar sarro de mim , antes que outra pessoa o fizesse. Isso é uma prática até hoje. Falo que sou feia, desengonçada, e não sou. Está tudo bem comigo. Com terapia, comecei a me aceitar. Dos 18 anos para frente foi o período de construção dessa autoestima. O teatro me salvou de tudo, ali conquistei meus namorados. Quando fazemos o que gostamos, estamos bonitos. No palco, me sinto tão feliz e realizada, que fico linda.
– E como está a vida afetiva?
– Eu e o músico Daniel Tauszig começamos a namorar há cinco anos. Um ano depois, passamos a morar juntos. Como também é artista, nenhum se sente estável para propor ter filhos.
– Mas você quer ser mãe?
– Eu adoro criança, meu relógio biológico já bateu, mas estou postergando, esperando ter condições. Vai acontecer, mesmo que tenha de adotar. Enquanto isso, vou fazendo meus trabalhos.
– Feliz com Alto Astral?
– É o primeiro personagem que faço na TV com um humor menos escrachado. A graça está na situação, não em mim, estou adorando, aprendo todos os dias. Em maio, após a novela, viajo para Buenos Aires, onde vou gravar a segunda e a terceira temporadas da série Vida de Estagiário, coproduzida pela Warner e uma produtora argentina. Depois volto ao teatro, sou apaixonada pelo palco. Ainda não sei a peça. E tem o espetáculo Riso Nervoso com meu grupo, As Olívias. Já montamos e queremos encenar novamente.