O ator Luciano Szafir faz um balanço de suas conquistas profissionais e diz não estar em busca da mulher ideal
A voz tranquila e o sorriso tímido por pouco não escondem o homem inquieto e cheio de projetos que é Luciano Szafir (44). Com várias realizações no currículo, ele não perde a vontade de encarar bons desafios. “Não paro um minuto. Gosto de ocupar o meu tempo com coisas úteis e isso se estende também à minha vida pessoal”, ressalta o ator, produtor e empresário paulistano. “São muitos ‘títulos’, mas este sou eu”, diverte-se o galã, durante agradável estada na Ilha de CARAS, em Angra dos Reis.
Sempre bem-humorado, ele só deixa o papo ficar sério de verdade quando o assunto envolve o coração. Sem assumir nenhum romance publicamente desde o rompimento com a norte-americana Julia Rusatsky (21), com quem namorou por quase dois anos, Luciano não se preocupa com a solteirice. “Estar com alguém não é o único modo de ser feliz. Eu não fico totalmente sozinho por muito tempo, mas precisa valer a pena. Já passei dos 40 anos, fiquei por ficar muitas vezes, mas se é algo que não me preenche a paciência acaba rapidamente”, diz ele, bem-resolvido.
Mas se existe alguém que realmente mexe com os sentimentos dele, este alguém é Sasha (14), sua única herdeira, fruto da relação com a apresentadora Xuxa Meneghel (49). “Não poderia ser um pai mais orgulhoso. Sasha é a razão da minha vida.”
Dedicado ao musical Thriller Live Brasil Tour, sobre a vida de Michael Jackson (1958-2009), do qual é produtor, Luciano está feliz e orgulhoso com o sucesso do espetáculo no Rio. “Superou todas as expectativas da equipe”, celebra ele, que apresenta a montagem em São Paulo a partir do dia 9 de maio.
– Você é ator, empresário e produtor, como administra seu tempo?
– Não paro um minuto. Gosto de ocupar o meu tempo criando, sou cheio de projetos e ideias. Este sou eu. Às vezes faço algumas escolhas erradas, em outras acerto, mas é assim que aprendo. Minha meta para este ano é acertar nas escolhas e não falo apenas do lado profissional, pessoal também.
– Tem algum arrependimento?
– Não, nunca me arrependi de nada. Só posso agradecer. Tenho saúde, uma família maravilhosa, uma filha linda, que é a razão da minha vida, e amo meu trabalho. O que mais posso querer?
– O que faz no tempo livre?
– Fico com a minha filha. Ela é tão ativa quanto eu, sai cedinho de casa e só volta à noite. Sempre jantamos juntos. Acompanho algumas atividades, e agora tenho de estudar Biologia, Química e Física para ajudá-la nas questões escolares. Mas é uma delícia.
– Como lida com o crescimento da Sasha?
– Ainda estou digerindo, mas não poderia ser um pai mais orgulhoso. Desde pequena ela sempre gostou de esportes, já fez balé, jazz, natação, ginástica olímpica, que, aliás, dei graças a Deus de ela ter desistido, porque cada mortal dela era um ataque do coração para mim. Sasha pegou gosto pelo vôlei, eu achei ótimo e a apoio. Tanto eu como Xuxa sempre fomos ligados aos esportes e ela puxou isso de nós. Sempre digo que ela nasceu com tudo de melhor do pai e da mãe.
– É bonito ver seu amor por ela. É ciumento?
– Sempre que eu falo nela me derreto. Sasha era um bebê, eu pisquei e ela virou uma mulher. Não sou ciumento, isso é uma bobagem, em qualquer tipo de relação. Minha filosofia é a da conversa, da confiança. Nossa relação é muito boa.
– Pensa em ter mais filhos?
– Quero muito. Tenho três irmãos e sempre foi uma farra. Se tudo corre como deve ser, os pais vão embora antes dos filhos e ninguém melhor do que um irmão para cuidar do outro. Quero que a minha filha tenha alguém para compartilhar esse sentimento. Mas, para isso, preciso me apaixonar de novo e se isso acontecer quero logo mais dois.
– Como está o coração?
– Muito bem. Nunca estou totalmente solteiro. Chega uma hora em que, se a pessoa não significar algo maior, o interesse não dura muito. Tenho 44 anos, já fiquei por ficar muitas vezes, mas se a relação não me preenche não tenho paciência ou vontade. A gente aproveita os momentos, cria afinidades, mas, no fim, o coração escolhe. Acredito em amor para a vida toda e sempre que entro de cabeça em um relacionamento é apostando nisso. Não procuro uma pessoa ideal, nem penso nisso.
– Como vê o título de galã?
– Não acho que seja um, até porque já não tenho mais 20 anos. Gosto de me cuidar, pratico jiu-jítsu e surfe, mas é para ter um corpo saudável. Não adianta querer ser o que não sou. Minha vaidade está ligada à saúde.
– A idade o incomoda?
– Acho que o número em si assusta, mas é só isso. Quando era menino, achava um cara de 30 anos velho, e daqui a pouco estou completando meio século. O corpo às vezes não acompanha o ânimo da cabeça. Digo que a experiência é o lado bom da idade. Ainda que cometa erros, o que é natural, eles acontecem em escala bem menor.