A exposição “Imaginando Lowline” apresenta a tecnologia que será utilizada para tornar viável o crescimento de vegetação no subsolo de Nova York
No que depender dos arquitetos James Ramsey e Dan Barasch, em meio aos arranha-céus, aos enormes cruzamentos e à multidão de carros das ruas de Nova York, pode existir um pouco mais de “verde”, um espaço onde nova-iorquinos e turistas poderão se conectar com a natureza. Outros parques já cumprem essa função. A diferença é que o Lowline será um parque subterrâneo instalado em uma estação de bonde desativada embaixo da Delancey Street, uma importante via da cidade. Trata-se ainda de um projeto que dependerá de muita tecnologia e dinheiro para ficar pronto.
Para viabilizar o crescimento natural de árvores e grama, os arquitetos planejam instalar um telhado com tecnologia de fibra óptica, ao qual deram o nome de “claraboia remota”, capaz de refletir luz natural o suficiente para manter a vida natural do parque. Desde o dia 15 de setembro, em um armazém da Essex Street, entre as ruas Broome e Delancey, está aberta a exposição “Imaginando Lowline” para apresentar essa tecnologia através de uma “miniatura” de parque, com o telhado tecnológico sobre árvores e grama.
A exposição foi financiada por cidadãos do mundo todo que contribuíram por meio do Kickstarter, um site no qual projetos de diversos segmentos (cuja qualidade é previamente avaliada pela equipe do site) são apresentados ao público que, por sua vez, contribui para viabilizá-los financeiramente. Os arquitetos esperavam receber US$ 100 mil, mas as doações alcançaram a marca de US$ 125 mil.
O nome Lowline, que resulta da união das palavras “linha” e “baixo”, foi inspirado no High Line, formado com “linha” e “alto”, que é um parque público instalado sobre uma linha de trem, antes abandonada, também em Nova York. Mas, para que o Lowline deixe de ser apenas um projeto, será preciso angariar investimentos e fazer reestruturações no projeto.
Confira imagens de “Imaginando Lowline”, que estará aberta ao público até o dia 27 de setembro.
Por Juliana Cazarine