Vencedor foi o escritório inglês de arquitetura Two Islands, que criou a Mark’s House
Em clima de comemoração do Dia do Arquiteto, em 15 de dezembro, compartilho com vocês a história de um projeto que mostra como o trabalho desse profissional pode influenciar no coeficiente de felicidade de uma população. Na cidade de Flint, em Michigan, nos Estados Unidos, foi lançado um concurso internacional para a criação de uma estrutura temporária que ocuparia um estacionamento vazio. O vencedor foi o escritório inglês de arquitetura Two Islands, que, em homenagem às muitas famílias que nos últimos anos perderam a casa por atraso no pagamento da hipoteca, criou a Mark’s House. Tratava-se de um lar para Mark Hamilton, personagem imaginário de 21 anos que viu sua casa, construída em 1890, ser demolida sem que pudesse impedir. A ideia dos arquitetos William Villalobos (31), Cesc Massanas (31), Tomas Selva (31) e Scott Hook (35) foi que a obra representasse uma metáfora para a perda do rapaz e de todos os outros moradores de Flint. Assim, nasceu a edificação espelhada de 1814 kg que refletia as construções em volta, o céu e a esperança do povo de lá. A lacuna ao redor da base central representava o vazio e o sentimento de abandono deixado após as demolições. Só que a verba de 25000 dólares oferecida pelos organizadores não cobria o valor total do projeto. Então o público, por intermédio de um portal de doações, comprou espaços na obra e teve a foto posta numa instalação no teto do prédio. O pavilhão foi desfeito em outubro, mas fica o exemplo dos arquitetos, que nos fazem lembrar da importância de se ter um abrigo e de se preservar as boas histórias das nossas raízes.