Em New York com a mãe, Monah Delacy, ela conta como será seu 2009
Redação Publicado em 17/12/2008, às 18h22 - Atualizado em 23/08/2009, às 01h45
Meca do entretenimento, New York conquistou ao longo dos anos e de memoráveis estadas um lugar especial nas lembranças de Christiane Torloni (51). "A primeira vez que vim para cá tinha uns 18, 19 anos. Fiz um daqueles intercâmbios culturais. Quando voltei, com 21, já protagonizava minha primeira novela, Gina, que teve cenas gravadas na Estátua da Liberdade. De lá para cá, perdi a conta de quantas vezes visitei a cidade", disse ela. A convite de CARAS, a estrela voltou à Big Apple com a mãe, a atriz Monah Delacy (78), a quem Christiane considera a melhor companheira de viagem. E as duas viram a metrópole de um jeito novo. "De repente, estávamos em um helicóptero, sobrevoando New York. Quer coisa melhor do que ver toda essa grandiosidade do alto? Quando olhei a estátua lá de cima, pensei: 'cara, eu te conheço há muito tempo!'", contou a atriz, rindo.
No Castelo, Christiane celebrou as muitas conquistas de 2008 e recarregou as energias para 2009. "Minhas expectativas para o próximo ano são as melhores. Tenho uma novela já sendo gravada, uma peça confirmada para o segundo semestre e o Amazônia Para Sempre chegando mais perto do Planalto", disse, citando projetos profissionais e a causa ecológica que abraçou com fervor. A atriz volta às telas em janeiro na novela das 8 Caminho das Índias, de Glória Perez (60), interpretando Melissa, uma mulher obcecada por aparência e mãe de um jovem esquizofrênico, vivido por Bruno Gagliasso (26). "Com Glória não há muito o que fantasiar, não tem caricatura, é a vida como ela é. Suas personagens são interessantes porque através delas o público se transforma", avaliaTorloni, que também voltará aos teatros com a montagem de A Loba de Ray- Ban, versão feminina do sucesso de Renato Borghi (69) estrelado na década de 80 por Raul Cortez (1932-2006). Paralelamente ao trabalho de atriz, Christiane idealizou, ao lado de Victor Fasano (50) e Juca de Oliveira (73), o manifesto Amazônia Para Sempre, que busca alertar a opinião pública e cobrar soluções das lideranças políticas sobre problemas ligados ao desmatamento. Christiane pretende encaminhar a carta aberta, que já contabiliza mais de 1,1 milhão de assinaturas, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (63).
A disciplina e perseverança são um patrimônio familiar. "A vida é muito curta, não há tempo a perder!", realça Monah, orgulhosa ao garantir que a filha teve a quem puxar. Em comum, ambas ainda têm a curiosidade e a disposição para "bater perna" e As duas curtem o Central Park e almoçam no lendário Tavern on the Green. A elegância no Castelo. fazer compras, revelada duranteos passeios por Manhattan.
- Quando foi a última vez que viajaram juntas a New York?Christiane - Acho que em 2002, mas eu voltei outras vezes sem a mamãe. New York é uma cidade extraordinária, onde sempre se encontra algo novo.
Monah - Livrarias, museus, balés, exposições... aqui tem tudo que você precisa para se renovar, relembrar o que já estudou. É como se fosse a nova edição de um livro, onde se acrescenta outros tópicos. Me considero uma devoradora de livros e uma estudante perpétua.
- Qual a melhor parte de viajar juntas para vocês?Monah - Simplesmente não paramos de falar; é blá blá blá o dia todo! (risos)
Christiane - Mamãe já viu tudo, já leu muito e por isso conecta as coisas. Ela sabe da história do pintor, do quadro, da política na época, quem era quem. É a melhor companheira de viagens, uma guia cultural 24 horas com você.
- Em que mais se parecem?Christiane - Eu herdei ótimas qualidades dela, mas também péssimos defeitos. Acho que eu e mamãe temos uma enorme disciplina e um certo perfeccionismo.
Monah - Somos muito parecidas, mas tudo na Christiane é além, é mais. E ela ampliou a idéia de viver com generosidade.
- Em viagens, como vocês negociam prioridades?Monah - Em New York, a Broadway é necessidade, não tem como negociar.
Christiane - Há alguns lugares que tento sempre dar pelo menos uma passadinha, como o Metropolitan, o Moma e a casa do Mr. Freak, na 5a Avenida. É uma residência, como muitas de New York, que virou um museu com coleções particulares. Sem contar que, traduzindo o nome ao pé da letra, fica casa do Sr. Esquisito, o que por si só já é maravilhoso.
Monah - É um lugar tranqüilo onde você pode simplesmente pegar um livro e passar algumas horas sem ninguém incomodar, ninguém falar nada.
- E qual musical vocês assistiram na Broadway desta vez?Christiane - Vimos três espetáculos bárbaros, Fuerzabruta, Spring Awakening e Equus, com o Daniel Radcliffe, que fazia o Harry Potter e que está incrível no palco. O Equus foi uma surpresa para a mamãe. E muito especial porque ela fez o mesmo espetáculo nos anos 70. Foi emocionante.
- Emocionante como ver New York lá de cima? Christiane - Até agora não acredito, a mamãe voando...
Monah - Bastou me convidarem! Mal falaram do vôo e eu já estava lá prontinha (risos).
- Era como você imaginava?Monah - Muito melhor! Eu adoro voar, mas de avião você só vê por uma janelinha. Hoje, de repente, eu estava no ar, com toda a vista possível, e isso é absolutamente fantástico!
- Como é a cidade de New York vista de cima?Monah - Muito pouco verde, é a dita selva de pedra, mas ainda assim é maravilhosa. Do alto, se tem uma visão fantástica da arquitetura, que é tão imponente pelo tamanho dos prédios, pelas cores. Foram só uns 15, 20 minutos, passou muito rápido, mas queria ficar ali para sempre.
- Christiane, foi justamente ao sobrevoar a floresta, quando você gravava a minissérie global Amazônia - De Galvez a Chico Mendes, é que sua indignação foi despertada para o desmatamento da região?Christiane - Acho interessante que um projeto tão importante como este, para tentar resguardar nossa floresta, tenha surgido de uma experiência artística. O Amazônia Para Sempre não está ligado a qualquer partido político, não aceita doações financeiras. É um clamor nacional que deve ser entregue ao chefe da Nação. É preciso trabalhar na cabeça da população e o nosso manifesto está começando a dar certo porque não são mais três pessoas, um "certo Juca de Oliveira", uma "Christiane não sei do quê" e um "qualquer Victor Fasano". São mais de um milhão engajados, o que faz a coisa mudar de figura. É o tal espelho popular que precisa ser ouvido para se mudar as leis. Por sinal, não se quer mudar nenhuma lei, queremos é que as já existentes sejam respeitadas e cumpridas. Temos uma Constituição magnífica.
- Outro grande projeto para 2009 é a montagem da peça...Christiane - Vejo A Loba de Ray-Ban como uma grande comemoração. São 15 anos de parceria profissional com o José Possi Neto e 20 da encenação com o Raul. Quando soube da versão feminina que o Renato Borghi fez para a Dina Sfat, que nunca chegou a levá-la ao palco, o círculo se fechou. Fizemos uma leitura em São Paulo e fiquei feliz com o resultado. Acredito que tudo tem seu tempo certo e a peça não poderia chegar em melhor momento. Afinal, estou na idade da loba! (risos) E a Maria Maya, filha do Wolf, que também está no elenco, é outra lobinha. Em inglês, wolf quer dizer lobo... (risos)
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