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Miss Universo Leila Lopes no Castelo

Angolana estreia reinado no Castelo de CARAS

Redação Publicado em 28/09/2011, às 14h51 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Dois dias após se mudar para New York, a eleita comemora em Tarrytown e conta detalhes de seu cotidiano antes e depois da coroação, além das metas para a vida nova. - Caio Guimarães
Dois dias após se mudar para New York, a eleita comemora em Tarrytown e conta detalhes de seu cotidiano antes e depois da coroação, além das metas para a vida nova. - Caio Guimarães

Carismática, inteligente, bem articulada e belíssima, a angolana Leila Lopes (25) foi eleita a Miss Universo 2011 e, da noite para o dia, tornou-se conhecida no mundo todo. Agora, Leila mudou-se para New York e viu a sua agenda ser preenchida com eventos e reuniões, passando a viver um conto de fadas moderno. O Castelo de CARAS, em Tarrytown, foi a primeira parada na Big Apple. Com o coração repleto de esperança, a mente cheia de planos e uma preciosa coroa adornando as madeixas, Leila conta suas metas e promete lutar pelo bem-estar das crianças e portadores do vírus HIV durante o seu reinado.

– Já ‘caiu a ficha’?

– Quando cheguei em NY, entendi a dimensão do concurso, que é incrível, arrasta multidões. Estou adorando a minha nova vida.

– Ser miss era uma meta?

– Confesso que, por muito tempo, relutei. O trabalho da miss não é só coroa, faixa, festas e glamour e não me sentia preparada para lidar com o outro lado, como o contato com pessoas doentes ou extremamente pobres. Só topei concorrer quando me senti preparada para encarar esses desafios e realmente ajudar o próximo.

– Quais causas vai defender?

– Crianças necessitadas, porque não haverá um futuro melhor para todos nós se não investirmos nas crianças agora. E também portadores do vírus HIV em todo o mundo. O preconceito que eles e suas famílias sofrem corta o meu coração, é devastador e mata.

– Já conhecia New York?

– Nem New York, nem os Estados Unidos! Morria de curiosidade para conhecer a cidade. Estudava Gestão de Empresas em Ipswich, na Inglaterra, e brincava que um dia faria mestrado aqui.

– Como era o seu cotidiano antes de se tornar Miss Angola, em dezembro, e se preparar para o Miss Universo?

– Vivi em Angola até 2007, quando me mudei para a Inglaterra para estudar. Até ser Miss Angola, minha vida era a de estudante: aulas, academia, morava na universidade... Cozinhava minhas refeições e, às vezes, para um batalhão de amigos! Quando ganhei o concurso, tranquei o curso para me dedicar ao novo posto. Era importante voltar ao meu país, visitar instituições e estar com o meu povo, que tanto me incentivou.

– Pretende voltar a estudar?

– Sim! Cresci sonhando com Medicina, fiz vestibular, mas desisti pois tinha horror a sangue. Comecei Engenharia Ambiental, mas deixei. Com a Gestão foi diferente. Logo me encantei, imaginava meu próprio negócio... A formação acadêmica é fundamental, algo que ninguém tira.

– Em que área quer investir?

– Em beleza; cosméticos, que, no meu país, são tão difíceis, caros. Elas fazem milagres para comprar uma simples base! Adoraria ter Donald Trump, responsável pelo Miss Universo, como mentor.

– Você é muito vaidosa?

– Sou, mas não saio comprando loucamente. Uso perfume até acabar antes de provar outro. Se faço uma maquiagem poderosa no olho, uso só gloss na boca. E uso cabelo preso para ressaltar meu rosto.

– O que gosta de vestir?

– Não uso nada muito ‘colado’! Tenho muitas calças de cintura alta, é chique e alonga a silhueta. Adoro camisas de seda e sou louca por vestidos, tenho muitos, muitos, muitos! (risos)

– Você está namorando?

– Meu namorado é angolano, me apoia bastante e ficou muito feliz com a minha vitória.

– Como é ser uma negra de sucesso e lidar com o preconceito?

– Justamente pelo racismo é que tenho mais orgulho de ser negra e vencer o concurso. Negro é inteligente, bonito e batalhador como qualquer um. Gostem ou não, o negro está aqui para brilhar!