Na Patagônia Argentina, o ator Tuca Andrada fala do desejo de ser pai e enaltece a fase profissional
Com apenas 15 anos de idade, Tuca Andrada (47) já sabia que o seu futuro seria nos palcos e diante das câmeras. Desde então, o amor e a dedicação ao trabalho renderam uma sólida trajetória artística. Hoje, com 32 anos de carreira, o ator confessa orgulhoso que a experiência não diminuiu o seu desejo de atuar. “Amadureci ao longo dos anos, mas o nervosismo antes de encarar uma plateia ou fazer uma cena é o mesmo de quando comecei. E não quero que essa sensação passe, porque ela é gostosa, essa expectativa faz parte do trabalho”, define ele, convidado da 13ª temporada CARAS/Neve, em Villa La Angostura, na Patagônia argentina. Maturidade também é palavra-chave quando o assunto é a vida pessoal. Solteiro, Tuca faz planos de ser pai, mas não se pauta pelas convenções. “Penso em ter filhos, porém não sei se quero uma família nos moldes tradicionais, fruto de um casamento. Penso em adotar uma criança. Quero deixar uma continuidade da minha existência”, explica o pernambucano, em cartaz no Rio com a peça Seis Aulas de Dança em Seis Semanas, com Suely Franco (72), e no elenco de Lado a Lado, trama global das 6 que substituirá Amor Eterno Amor em setembro.
– O que é positivo e negativo na carreira?
– Se comparar com a época em que comecei, hoje há muito mais concorrência na área, o que exige empenho maior. Cantar, dançar, tocar um instrumento são habilidades que passaram a ser cobradas. Por outro lado, há novos meios de expressão, como a internet. Isso tornou a ideia do aperfeiçoamento e de pôr ideias em prática, que são necessárias, cada vez mais fáceis.
– Imaginava o sucesso?
– Sempre apostei, correr atrás dele dá sentido ao que faço. Mas ainda me surpreendo quando ouço elogios ao meu trabalho.
– Então é sonhador?
– Sou bastante. Minha imaginação é fértil e, quando pego uma coisa para fazer, já consigo visualizá-la a quilômetros de distância do ponto onde estou.
– E qual seu maior desejo?
– Sonho ter um teatro, um lugar onde eu possa ensaiar. Uma espécie de laboratório para desenvolver as minhas ideias.
– Como é dosar os trabalhos nos palcos e as gravações?
– Nessas horas a vida pessoal vai embora, nem fazer coisas simples, como ir ao dentista ou ao banco, é possível. Quando essas fases passam, gosto de viajar para esquecer a rotina.
– Você é vaidoso?
– Gosto de me vestir bem e estar com o corpo em dia. Corro, faço alongamento, academia e adoro o mar. Só não curto altura e sempre digo: paraquedas, só se o avião estiver caindo (risos).