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Vera Fischer reclama de 'Salve Jorge' e considera escrever novelas

Em lançamento de livro, Vera Fischer diz que personagem Irina, de 'Salve Jorge', é 'humilhante' e pede um papel com 'importância e dignidade'

Redação Publicado em 26/03/2013, às 22h32 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Vera Fischer - Léo Marinho/ AgNews
Vera Fischer - Léo Marinho/ AgNews

O evento era para marcar o lançamento do livro Lucíola, escrito por Vera Fischer (61), mas a noite de autógrafos na Livraria Travessa, no Rio de Janeiro, ficou marcado pelas queixas da atriz, que declarou achar ‘humilhante’ seu trabalho em Salve Jorge, da Globo.

"Uma atriz como eu, com quase 40 anos de TV Globo, que fiz milhares de trabalhos de qualidade, minisséries – inclusive, meu melhor trabalho na televisão é da Glória Perez que é a novela 'Desejo' [1990], melhor trabalho dela, do Tarcísio, Guilherme Fontes – não precisava me chamar para essa novela, porque a Totia [Meireles] dava conta do dela e do meu personagem, mais a Cláudia Raia e estava bom”, disse Vera Fischer, que insistiu: “Não precisava de mim ou então botava uma pessoa que está começando, que precisa, porque é um personagem quase que humilhante pra mim. Não digo nada, não falo nada”.

A atriz afirmou não ter nada contra a autora Glória Perez e que trabalharia com ela de novo, caso receba um convite que valha a pena. “Só peço um personagem que tenha importância e dignidade, para poder trabalhar meu lado atriz. Não ligo, não falo com a Glória... imagine ficar ligando pra pessoa que está escrevendo? Gosto muito da Glória, sempre gostei e gostaria de fazer outros personagens, se ela se lembrar de escrever alguma coisa importante, como já escreveu. Gostaria de fazer uma tragédia, uma mulher que sofra muito, se apaixone muito ou que faça rir muito, tudo no extremo, nada em cima do muro”, declarou.

Sobre a campanha #levantaIrina, que surgiu no Twitter pedindo que a personagem de Vera tivesse mais ação na trama, ou que pelo menos levantasse da cadeira do balcão, a atriz disse que soube depois da repercussão. “Esse pessoal da internet faz as coisas porque faz e eu nem tomo conhecimento, só quando me falam. A autora escreve 'fulano entra, sai, senta', então via sempre Irina sentada, fazendo contabilidade no seu balcão, era sempre lá. Nunca falei nada, o que vou dizer?", comentou.

Solteira aos 61

Símbolo sexual da televisão quando mais jovem, Vera disse que não se importar com a solteirice. "Tem uma hora em que a gente não quer mais sair de casa, porque está gostando mais de escrever, de pintar... Mas tenho saído mais, estou trabalhando, conhecendo pessoas novas. Eu flerto, mas agora não dou sinal verde de fato pra ninguém”, disse. “Com 60 anos, a gente pensa diferente de 20, 30, mas com 60 o corpo é meio sagrado, só vai botar a mão nele quem realmente interessa", completou.

Lucíola

Vera também falou sobre a inspiração do seu novo livro. "A Lucíola começa sendo prostituta, faz striptease uma boate em Copacabana, quando é raptada e levada para um casarão no Alto da Boa Vista, em que um homem lindo, mais velho, diz que quer casar com ela por contrato, para levar nas festas e mostrar que tem uma mulher bonita. A história se desenvolve, entram outros personagens, têm uns engraçados, outros malvados e, no final, a gente percebe porque a Lucíola virou prostituta e o marido dela revela porque é daquele jeito”, revelou. O livro ainda aborta o casamento aberto e a felicidade em um relacionamento.


Concorrência para Glória Perez

Inspirada pela arte de escrever, Vera Fischer pensa na possibilidade de virar autora de novela. "Acho que posso escrever uma novela. Deixa eu lançar mais uns livros, porque falo muito no diálogo, escrevo conforme vou pensando e faz uma coerência brutal, porque não sou obrigada a fazer aquilo que planejei no início", comentou.

Mas a atriz terá que se adaptar à tecnologia caso queira escrever um folhetim. "Fiz todos os meus livros a lápis, nem sei ligar um computador, não me peça. Preciso de tempo pra fazer as coisas que gosto, que é ler livros e ver DVDs. Não quero isso pra minha vida", declarou.