Em entrevista à CARAS Brasil, o apresentador e comediante Rafael Cortez fala sobre seu terceiro livro, carreira e confessa o desejo de voltar à TV no ano que vem
Celebrando 30 anos de trajetória na Comunicação e nas Artes, Rafael Cortez (47) lançou recentemente sua terceira obra literária: Atitude Transformadora. Este é o primeiro texto do jornalista, comediante, músico, ator e apresentador sobre carreira, uma das maiores motivações de sua vida. Em entrevista à CARAS Brasil, ele abre o coração e fala, entre outras coisas, do forte desejo de voltar à TV em 2025, mas reforça: “Não por massagem no ego, apenas”.
A obra surgiu da palestra de mesmo nome que Cortez apresenta em diversos congressos, summits, eventos corporativos, universidades e demais encontros desde 2022. À medida que novas contratações iam surgindo, o autor sentiu a necessidade de lapidar o conteúdo, escrevendo ainda mais sobre ele. Foi quando escreveu o terceiro livro, que aborda a necessidade de cada pessoa de criar suas próprias oportunidades e assumir papéis protagonistas na vida profissional e pessoal, através do princípio da atitude.
“Estou num momento diferente, e esse momento até que está legal; com as palestras, com o livro, com o trabalho forte nas empregas. Está bacana fazer isso”, diz ele, que revela um desejo que ainda toma conta do coração. “Eu podia estar na TV? Também acho que eu podia estar na TV, mas isso não depende só de mim, entende?”, fala o comunicador, que foi um dos nomes que o extinto Custe o Que Custar (CQC) - programa de enorme sucesso comandado por Marcelo Tas (64) e exibido na Band entre os anos de 2008 e 2015 - apresentou para o Brasil.
Cortez quer voltar, mas reflete: “Desde que faça sentindo para mim também. Voltar pra TV não pode ser uma massagem no ego, apenas. Se fosse pra ser uma massagem no ego, teria aceitado alguns dos convites que vieram; não muitos. Me chamaram e falei: Peraí, vai agregar, de fato, além de massagear meu ego? A grana não está boa, o trabalho em si não é o que eu queria fazer, a plataforma também não tem visibilidade assim (...) Ah, mas dizer: eu estou no ar (...) Tem um problema para quem fez um programa como o CQC. Tem um problema chamado respeito à sua história”.
E continua: “Quem fez um programa como o CQC, não pode aceitar fazer qualquer coisa, entende? É por isso que é difícil ver a gente em qualquer lugar. Eu vejo que aqueles que estão no ar estão porque amam o que fazem, faz sentido estarem ali. Os que não estão no ar, como eu, Oscar Filho, Monica Iozzi, (Maurício) Meirelles; a gente não está no ar porque esses projetos que nos convidaram não têm essência ou respeito ao fato de que a gente fez CQC. Era um programa muito legal pra gente aparecer no ar de qualquer maneira, sabe? Não dá para ser assim, e não tem nenhuma arrogância no que estou dizendo”.
O apresentador reforça que para voltar à TV, precisa fazer sentindo para ele. E ainda faz um crítica ao momento atual da Comunicação. “Estou falando isso porque tem um sentido, sabe? Não posso estar em um lugar, fazendo um negócio que não tenha o tesão que a gente teve ali. E vai ser difícil, nesse sentido, voltar para o ar, sabe? A gente está num momento muito bunda-mole das TVs, muito bunda-mole da Comunicação”, frisa.
PROJETOS FUTUROS
O comunicador ainda revela planos para 2024 e 2025. “Acho que o lançamento do livro foi muito importante para eu chegar no momento que estou agora. Estou recebendo muitos convites, orçamentos. Vou fazer o final do ano inteiro assim. Mas para 2025, já posso adiantar, que uma das minhas metas pessoais é voltar a ter um projeto de comunicação que eu tenha uma vontade grande de fazer e, possivelmente, que entreviste as pessoas. Não sei te dizer se isso é uma coisa para streaming, para a TV, mas tenho muita vontade de voltar para alguma plataforma, para alguma visibilidade de mídia, com um projeto onde eu converse com as pessoas e que tenha possivelmente o mesmo DNA que o CQC teve”, conta.
“Estou exausto de ouvir as pessoas lamentarem o fim do CQC, de me perguntarem por que acabou e de ouvi-las, em seguida, que sentem muita falta. Pensei: quer saber, vamos tentar fazer um projeto parecido. Estou conversando, vendo alguns possíveis locais para ter um projeto para o ano que vem, onde eu também possa dar continuidade às palestras, continuar com a mentoria. E espero que eu lance um novo disco ano que vem também", finaliza Cortez.
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