Em entrevista à CARAS Brasil, Murilo Sampaio entregou detalhes de Guerreiros do Sol, nova série do Globoplay
Publicado em 15/09/2023, às 07h30 - Atualizado em 18/09/2023, às 15h58
Murilo Sampaio, que tem uma trajetória recheada de trabalhos na atuação, é uma das estrelas de Guerreiros do Sol, nova série do Globoplay que estreia em 2024. Em entrevista à CARAS Brasil, o ator exaltou o papel na trama, entregou detalhes da produção e ainda falou sobre representatividade na televisão: "Esmagadora".
"Tem colegas gaúchos, goianos, mineiros, mas a grosso, o elenco é nordestino, sem sombra de dúvidas. Nunca fiz parte de uma produção de audiovisual que tivesse um elenco composto por nordestinos em sua esmagadora maioria. Muitos pernambucanos, muita gente do Rio Grande do Norte e até para mim, que sou baiano, nunca tinha trabalhado com tantos potiguares", contou o ator da nova série do Globoplay, que já participou de produções como Segundo Sol e Todas as Flores.
"Foi uma surpresa muito grande entrar neste carrossel de pessoas que têm esse estado de potência. Jogar com elas de igual para igual tem sido um grande desafio", acrescentou Murilo Sampaio, que trabalha ao lado de nomes como Alinne Moraes (40) e José de Abreu (77) na série.
Com uma trama inspirada na história de Lampião e Maria Bonita, o ator também revelou detalhes sobre o que esperar de seu personagem na série do Globoplay: "Muitas pessoas precisam largar suas pequenas fazendas por conta da seca e ir para as cidades maiores em busca de trabalho. Meu personagem está dentro desse contexto, entra quase no meio da série e traz introduções do que seria esse período de seca, que também foi o auge do cangaço. É uma figura que tem um atravessamento de pobreza e vulnerabilidade socioeconômica, que passa por determinadas situações e é obrigado a fazer coisas que não queria. Um personagem humano no sentido de suas contradições".
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Murilo Sampaio ainda refletiu sobre a representatividade de elencos pretos na Globo: "Para mim e para muitas pessoas, é um espaço que já devia estar sendo ocupado há muito tempo. Se somos mais de 50% da população brasileira, porque não nos vemos nas telas? Acho que agora está acontecendo. É revolucionário assistir Vai na Fé e ver mais de 50% do elenco preto, assistir Amor Perfeito - que é de época - e ver 50%, sendo que eles não estão em uma posição de escravidão. É muito bacana estar na Globo dentro deste momento em que vejo pessoas iguais não só atrás das câmeras, mas também na frente".