Apresentador do programa 'Encontro', Manoel Soares revela que já viveu em situação de rua e conta sobre o momento difícil da vida
O jornalista Manoel Soares (43) surpreendeu ao fazer um desabafo sobre as dificuldades que já enfrentou na vida e revelou que já viveu em situação de rua.
Em entrevista concedida ao podcast PodPah, no domingo, 14, o comandante do Encontro ao lado de Patrícia Poeta (45), nascido em Salvador, na Bahia, contou que foi para Porto Alegre com o irmão, e no final da década de 1990 acabou virando morador de rua.
"Ali por volta de 1999, o emprego que a gente recebeu caiu, a gente ficou sem nada. Meu irmão que foi junto comigo, voltou, e eu virei morador de rua. Tinha 19 pra 20 anos", começou falando, deixando Igão e Mítico chocados.
"Na Zona Norte tem um viaduto e eu comecei a dormir ali, deitava ali umas 23h, às 5h os caminhões começavam a roncar, você já levantava e dava uma ajeitada. Fiquei uns quatro meses nessa pele", disse ele.
Na sequência, ele falou que começou a prestar serviços para um grupo de travestis, a quem se referiu no masculino, erroneamente. "Na noite, você acaba descobrindo formas de se sustentar. Tinha uns travestis na rua da frente que ninguém cuidava 'deles'. Os homofóbicos iam lá, tacavam pedra 'neles' e tal. 'Eles' me chamaram para, se alguém fizesse alguma coisa com 'eles', era para eu correr atrás dos caras".
"Eu era segurança de travestis na noite. 'Os caras' lá se prostituindo, na rua Francisco Trein, ficava um pouco mais à frente... A gente está falando de um cara de 20 e poucos anos, negão, grandão, sem nenhuma malícia de vida", finalizou o apresentador.
Celebrando o Dia dos Pais, no domingo, 14, Manoel Soares compartilhou fotos de um ensaio fotográfico que fez com os seis filhos para a revista Ela, do Jornal O Globo. "Eles são o up grade da vida, sem meus filhos não entenderia nada sobre esse mundo, não curtiria trap, não tinha vida ativa no insta, não ouvia podcast, não parava de comer farinha de trigo, não malhava, não tocava piano, não jogava basquete, não teria um carro grande, não estaria na Globo, não escreveria aqui hoje. Desde que nascem, eles nos matam, matam quem nós éramos antes deles nascerem", disse ele.
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