Em entrevista à CARAS Brasil, o ator Leopoldo Pacheco fala com carinho da mulher, Bel Gomes, e do filho, Frederico Pacheco, que é produtor musical
O ator Leopoldo Pacheco (63) é bem reservado sobre sua vida pessoal. Contudo, em recente entrevista à CARAS Brasil, o artista abriu sua intimidade e falou do casamento com a produtora teatral Bel Gomes (63). Os dois estão juntos há 43 anos e são pais do produtor musical Frederico Pacheco (30). Ao falar da família, ele se derrete: "Construímos um universo muito feliz".
Leopoldo ressalta que por eles serem do mesmo meio, conseguiram construir juntos uma carreira e uma vida a dois bastante sólida. “Primeiro, que eu tenho certeza, é que se sou esse ator que sou (hoje) é porque a Bel está junto comigo me colocando para cima. A Bel foi essa parceira da minha vida, é essa parceira”, ressalta.
Em seguida, o ator fala com muito carinho do filho, Frederico. “Meu filho é um cara incrível; tenho um orgulho enorme. Ele é produtor musical. É artista, mas é de uma outra área, não é ator. Não escapou de alguma maneira (risos). E é um cara tão interessante. Então, eu vejo que a gente construiu um universo muito feliz entre nós”, celebra.
ESPETÁCULO SANGUE
Leopoldo Pacheco está em cartaz com o espetáculo Sangue, até o dia 15 de setembro, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A obra, com direção de Kiko Marques, propõe uma discussão sobre poder, dominação e violência de gênero. À CARAS Brasil, o ator também fala da produção, que tem no elenco Carol Gonzalez, Marat Descartes e Rogério Brito.
O artista revela o motivo que o fez aceitar o convite para integrar o elenco da peça. “Sou muito cuidadoso com as minhas escolhas em teatro, sempre fui. Primeiro, quem me chamou foi o Kiko Marques. Ele é um cara que tem um trabalho de uma relevância incrível com a companhia dele, com a velha companhia, os espetáculos que ele escreve, que ele dirige, que ele atua com a companhia dele, então sempre tive muita curiosidade de trabalhar com o Kiko. E quando ele me chamou, inicialmente, o fato de ser o Kiko já foi para mim um aval de vamos lá”, conta.
O ator confessa que quando leu o texto, achou mais interessante ainda: “Porque é um texto que fala sobre o nosso trabalho. É incrível! E ele está falando de uma maneira ampla, sobre questões profundas, que dizem respeito a todos, não só para quem faz teatro. Ele também fala um pouco sobre colonialismo, sobre a questão de igualdade social, a questão da violência contra a mulher. São temas que não são abordados com esse título da peça, mas as coisas que acontecem que levam a pensar a respeito disso. Isso é muito lindo em teatro, né? Você consegue metaforizar assuntos muito sérios”.
“Acho lindo isso, quando você vai ver um espetáculo de dança, você pergunta: por que me mobiliza tanto? Não tem texto, não tem nada, e aquilo vem pela pele. Você assiste um espetáculo de dança, e aquilo te mobiliza. Eu acho que os canais de percepção de cada um vão por muitos lugares”, continua.
Para finalizar, Leopoldo volta a enaltecer o espetáculo: “O Kiko Marques, ele escreveu e dirige. Então, ele convidou esses atores pra fazer (...) Ele escreveu pro Marat, esse grande ator. Rogério Brito, um grande ator. Fiz a última novela com o Rogério. A Carol, estou conhecendo agora (...) Então, são fatores que fazem desse espetáculo ser tão especial. A ficha técnica que ele tem (...) Em cenário, André Cortez; figurino, Marichilene (Artisevskis); música do Marcelo Pellegrini; a luz da Gabriela (Souza), que é um talento. Então, acho que é um espetáculo muito bem acertado. Ele é muito feliz nesse encontro de todo mundo. E isso vai pro palco, vai pras pessoas”.