A atriz Jane Fonda, de 86 anos, comentou sobre o processo de envelhecimento, seus cuidados com a pele e também revelou se tem medo de morrer
Aos 86 anos, Jane Fonda coleciona momentos icônicos em sua carreira e vida pessoal. A atriz possui dois Oscars e também já foi presa algumas vezes por conta de seu ativismo ambiental. O último trabalho da famosa foi na comédia romântica Book Club, lançada em 2018, em que ela interpretou Vivian.
Em uma entrevista para a Quem, Jane comentou um pouco sobre a sua rotina de beleza. "Quando você é mais velha, é muito importante manter a pele hidratada, então sempre limpo meu rosto com lenços e então coloco hidratante. Também sempre lavo meu cabelo com produtos mais hidratantes", contou.
Ela comentou como é envelhecer diante dos olhos do público. "Pessoalmente eu estou mais feliz do que já fui e estou bem velha, tenho quase 87 anos, e me sinto muito bem. Sou saudável, durmo nove horas toda noite, sou cuidadosa com o que como e estou fazendo algo que importa mais do que eu, então a vida é boa. Estou orgulhosa de ter um escrutínio público, porque eu represento a ação pelo clima, então me sinto bem por isso", afirmou.
A estrela ainda revelou que não tem medo de morrer. "Eu já tive medo da morte, mas sempre que tenho medo de algo, me torno melhor amiga dessa coisa. Então, eu estudei o envelhecimento, eu sei porquê envelhecemos, o que acontece dentro do nosso corpo e todas essas coisas. Fiquei amiga do envelhecimento. Não tenho tempo para falar todas as razões pelas quais não tenho medo de morrer, tenho medo de chegar ao fim da vida arrependida das coisas que não fiz, então tenho tentado viver de forma que não tenha esses arrependimentos".
Jane Fonda é ativista em favor do meio ambiente e também luta contra o assédio que muitas mulheres sofrem. "Uma em cada quatro mulheres no mundo é estuprada ou sexualmente abusada na juventude e isso afeta toda a vida delas. Você tem que passar o resto da vida superando e se curando disso. Nós temos que parar todo tipo de violência contra mulheres, incluindo o assédio nas ruas. Quando me tornei uma ativista em tempo integral, não fui mais depressiva, me senti esperançosa", disse ela.
A atriz também relembrou como se tornou uma ativista climática. "Toda a minha vida, mesmo quando eu era uma garotinha, eu estava do lado de fora, ao redor da natureza. Sempre amei a natureza, as árvores, a grama, os pássaros, os animais selvagens -- e tinham muitos deles quando eu nasci. Eu sempre amei a natureza, para mim ela sempre foi um conforto. Na minha vida dentro de casa, as coisas não eram tão boas, então a natureza é o lugar que sempre fui para me sentir bem e feliz. Quando percebi que ela estava sendo destruída por conta dos seres humanos e da forma como vivemos, comecei a ser uma ativista".
A famosa aproveitou o momento para dar uma dica para quem pretende se tornar um ativista também. "Tem um ditado que diz: 'Se você quiser ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir longe, vá junto'. Essa é uma crise coletiva, que pede uma solução coletiva, então se junte a outras pessoas. O que é ótimo, pois você faz novos amigos, amigos que vivem por algo maior que eles e eles te inspiram. Então, entre em uma organização, entre com um amigo, fale sobre isso, estude o que está acontecendo e o que estamos fazendo. Sua vida será melhor, porquê todos precisamos de significado, precisamos sentir que estamos na Terra por um propósito. Quando você se levanta para uma catástrofe como a que estamos vendo, faz bem fazer alguma coisa".