Viúva de Chico Anysio (1931-2012), a empresária Malga Di Paula (40) lançou nesta terça-feira (21) um site oficial sobre o marido, que morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória, e apresentou o Instituto Chico Anysio, que visa a apoiar o desenvolvimento de pesquisas com células-tronco no tratamento do enfisema pulmonar. Na coletiva de imprensa, ela contou que faz terapia para superar a morte do marido - o humorista morreu em março, após anos de luta contra a doença.
Ainda com muitas saudades, Malga afirmou que Chico representou a perda de várias pessoas. “Foi marido, amigo, companheiro, meu amor. Perdi tudo isso de uma única vez. É a sensação de que perdi muito gente. Tenho feito terapia, tentado me cuidar, mas está quase impossível. Me conforta porque o Chico tinha preocupação de que o esquecessem, mas eu falava que, se dependesse de mim, não iam esquecer”.
Apesar de sentir falta, ela afirma que não procurou estabelecer algum contato espiritual. “Não tenho essa necessidade de me comunicar. Vários amigos que perderam pessoas queridas têm essa necessidade, mas eu tenho a certeza absoluta que ele está bem. Durante o tratamento dele, me apeguei ao São Jorge, mas me revoltei depois da morte. Atualmente, estou me reaproximando do santo”.
Instituto
Ao lado da médica Analice Gigliotti (48), sobrinha de Chico, e do medico João Tadeu Paes (54), Malga afirmou emocionada que quer sensibilizar as famílias para o incentivo de pesquisas . “Não sou cientista, não tenho a formação deles. Mas quero sensibilizar as pessoas como uma pessoa que perdeu um ente querido por uma doença que vai matando aos poucos”, disse.
Pretendendo arrecadar doações para financiar as pesquisas, a empresária afirmou que o único arrependimento de Chico foi ter fumado e que só não pôde desenvolver o tratamento pelo estágio avançado da doença . “A qualidade de vida é muito ruim no final, torna-se um sofrimento muito grande. Ver a pessoa que você ama não podendo respirar machuca muito”, declarou.
Ao comentar o site oficial, Malga afirmou que a página era uma ideia que o humorista pensava em criar antes de morrer. Hoje, o site virou uma homenagem e conta com jogos, vídeos, biografia e depoimentos de personalidades como Marília Pêra (69), Betty Gofman (47) e Heloísa Perissé (46).