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‘Busco a cumplicidade do telespectador’, revela a jornalista Sandra Annenberg

Sandra Annenberg, âncora do ‘Jornal Hoje’, fala de seu jeito informal de fazer jornalismo, do início de sua carreira profissional como atriz e admite: “Todos estamos precisando de mais gentileza e elegância”

Redação Publicado em 23/05/2012, às 09h10 - Atualizado às 15h51

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Sandra Anneberg - Divulgação/TV Globo
Sandra Anneberg - Divulgação/TV Globo

Há 21 anos na Rede Globo, Sandra Annenberg (43) é uma das jornalistas mais queridas dos telespectadores brasileiros. Com um jeito descomplicado, sensível e informal de apresentar o Jornal Hoje, ela revelou em entrevista à CARAS Online que busca a cumplicidade de quem a assiste.

Ela, que começou a vida profissional nas artes cênicas, também comentou o bordão “Que deselegante”, que virou mania na Internet quando ela soltou a frase depois de sua colega de trabalho, Monalisa Perrone (40), ter sido interrompida por dois jovens durante uma entrada ao vivo no telejornal.

Confira o bate-papo com Sandra, que é casada com o repórter Ernesto Paglia (52), com quem tem uma filha, Elisa (8):

- O Jornal Hoje está cada vez mais próximo do telespectador. Como você encara isso?

Trabalho na Globo há 21 anos e participei da mudança de conceito e estilo do jornalismo da TV. No começo, o apresentador era um leitor de notícias, hoje somos todos editores, repórteres, âncoras. Eu, por exemplo, além de apresentadora, sou editora-executiva do Jornal Hoje. Nossa ideia é sentar junto com todos, seja à mesa, no sofá da sala ou no escritório, pra contar o que está acontecendo no Brasil e no mundo. A proposta é conversar, bater um papo, com o telespectador. Faço isso há muito tempo, busco a cumplicidade de quem está do outro lado da telinha. O retorno que temos é o melhor possível - tanto o que recebemos por e-mails, quanto o contato direto com as pessoas - e fico muito feliz com o carinho que o público demonstra.


- Fale um pouco sobre a repercussão do bordão "Que Deselegante!", que foi sucesso nas redes sociais.

Fiquei muito surpresa com a proporção que o “que deselegante” tomou ! A reação que tive à violência sofrida por uma colega de trabalho foi a única possível para manter o respeito ao telespectador. O fato de ter virado um bordão demonstra que as pessoas também se sentiram agredidas. Acho que todos estamos precisando de mais gentileza e elegância. O uso da internet é fundamental hoje em dia, tanto profissional, quanto pessoalmente. Mas há que tomar cuidado para não deixar que a internet nem as redes sociais controlem a sua vida.

- Por que desistiu de ser atriz para se tornar jornalista?

Acabei trocando a ficção pela realidade. Nunca planejei muito minha carreira, fui trilhando meu caminho e aproveitando as oportunidades. Quando fui convidada para ser a “moça do tempo” do Jornal Nacional, achei que tinha que estudar jornalismo e assim o fiz. Acabei me apaixonando por essa profissão, pela adrenalina da notícia, e nunca mais quis fazer outra coisa da vida.

- Como é o assédio dos telespectadores com você?

Não há assédio, há carinho e respeito. O telespectador sabe diferenciar um ator de um jornalista. Não sou uma celebridade, nem quero ser. A minha profissão me expõe sim, mas não gosto de aparecer mais do que o necessário. Prezo demais minha privacidade e sei que as pessoas entendem a diferença entre a profissional que aparece na TV e a mulher que é mãe, esposa, dona de casa e quer preservar sua vida pessoal.

- O que você faz para manter a boa forma?

O mais importante é cuidar da saúde! A busca pela forma não arredondada também faz parte da minha vida, mas não sou neurótica. Durante a semana, pego leve na alimentação e faço exercícios. No fim de semana, relaxo. Se não, a vida fica muito sem graça, né? Mas, assim como todo mundo, brigo com a balança e vivo em estado de alerta. Mas prazer é fundamental e não podemos nos privar das pequenas delícias da vida!