Vivendo o seu momento mãe, Patrícia França conta como é o relacionamento com os filhos, Fernanda e Gabriel, e a rotina com duas crianças em casa
Mãe de
Fernanda, de nove anos, de casamento anterior, e de
Gabriel, de quatro meses, da união com o empresário
Wagner Pontes, a atriz
Patrícia França está vivenciando uma nova fase em sua vida: ter duas crianças em casa. Após terminar de gravar a novela
Poder Paralelo, da Record, ela está curtindo o seu momento mãe, com dedicação total aos dois filhos.
"Com os filhos, a vida fica ainda mais alegre. O filho traz renovação", disse.
Criando os pequenos da melhor maneira e como o seu coração manda, Patrícia ainda tem muitos questionamentos e a cada dia tem uma nova descoberta com eles.
"Aprendo sempre com eles. Eu me pergunto que educação estou dando para o meu filho? Como estou formando ele? Que pessoa ele será? Tudo isso me preocupa muito", contou em conversa com o
Portal CARAS.
Confira trechos da conversa:
- Como está a vida com o Gabriel?
- Eu diria que estou me adequando. Apesar de já ter experiência com criança, é uma vivência nova na medida em que agora são dois. Eu sempre aprendo com eles. Está sendo muito rico, estou me redescobrindo com mãe. Estou mais paciente, menos tensa, mas estou curtindo mais. Estou me adequando.
- Sua filha mais velha, a Fernanda, te ajuda a cuidar do bebê?
- A Fernanda me ajuda muito. Ela é generosa, muito compreensiva, me ajuda muito com ele. Estou reconhecendo a minha filha.
- É muito corrido cuidar de duas crianças?
- Até o momento, o trabalho está sendo dobrado. A Fernanda já tem nove anos, não é a mesma coisa de quem têm gêmeos, mas ela também requer atenção. Estou ligada no que a minha filha faz, fico preocupada. Ainda não liguei o automático, um dia sei que isso vai acontecer, vai ficar tudo natural. O bacana dessa rotina é que não dá tempo para pensar, você fica ocupada o dia todo. Estou neste momento mãe, me dedicando a eles e estou muito feliz.
- Como você é como mãe? Brava? Calma? Preocupada?
- (Risos) Eu sou Brava. Eu não sou nervosa com situações difíceis da maternidade. Se há febre, eu fico calma, se caiu eu fico calma, não me desespero. Eu acho que sou é exigente, principalmente com os estudos e com a organização. Eu tento preservar a criança, tento equilibrar a obrigação com a diversão. Eu controlo a TV e quase não deixo usar o computador, tudo tem o momento certo. Às vezes pego pesado e vou fazer carinho, converso, explico tudo. Sou contra bater. A minha filha me entende com o olhar. Sou a favor de dar limites. Não sei se sou uma boa mãe. Eu tento ser, luto para ser. Estou sempre me avaliando, me questionando. Estou longe de ser perfeita.
- Você tem uma filha de 9 anos. Por ter essa diferença entre uma maternidade e outra, o que mudou?
- Começa tudo de novo quando a gente descobre que está grávida de novo. Cuidar de um filho direito, dá muito trabalho. O que muda é o corpo, que já não responde como quando era jovem. Você mistifica menos. Com o primeiro filho tudo fica enorme, com o segundo você fica mais tranquila, tem mais paciência, fica tolerante, mais calma, é uma relação mais madura.
- Você tem algum truque ou segredinho para cuidar do Gabriel?
- Uma coisa que eu recomendo é uma cadeirinha reclinável que tem um balanço, um móbile com bonequinhos e que vibra. Eles podem brincar e se distrair. Aqui em casa tem escada, não dá para ficar com o carrinho toda hora, já com essa cadeirinha dá. Esse é o nosso segredinho, dá para tirar o bebê do colo e cuidar das coisas enquanto a criança fica por perto. O Gabriel até já aprendeu a balançar sozinho! Quando ela para de balançar, ele mexe o pezinho e já balança de novo.
- Como é a sua relação com a Fernanda?
- Tento ser amiga dela, mas nunca perdendo de vista que sou mãe. Porque mãe é mãe e amiga é amiga. Tento fazer com que ela encontre confiança em mim, porque esse é o único caminho para ter o filho por perto da gente. A gente tem muito carinho uma com a outra, cumplicidade.
- O que você aprendeu com a maternidade?
- A gente aprende tanta coisa. Eu sou muito maternal, não parece, mas eu sou. O que mais aprendi foi a doação, saber se doar. Quando você é mãe isso é o que mais acontece. Você deixa de ser você e aprende a ser o outro. E tem uma responsabilidade com o mundo: criar um ser humano para a vida.
- Você teve algum momento mais emocionante como mãe?
- São tantas coisas, tantos momentos. Mas a primeira cartinha que a Fernanda me escreveu, foi especial. A Fernanda escreve bastante, deixa desenhos pela casa e bilhetinhos na minha cama. Nesta primeira cartinha tinha um coração e dizia coisas muito bonitas, eu fiquei muito emocionada.
- Você já tem planos para voltar a trabalhar?
- Pretendo voltar a trabalhar, sim. Tenho contrato com a Record e quero voltar a fazer teatro. O Gabriel já está com quatro meses, então não tem mais porque eu ficar somente em casa. Hoje em dia, a mulher divide muito bem o tempo entre ser mãe e trabalhar, já está na nossa sociedade. Mas ainda não tenho projetos definidos.