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Marcelo Médici: sucesso em 'Passione'

A consagração de Marcelo Médici chegou com seu personagem em 'Passione', mas sua trajetória como ator vai muito além do engraçado Mimi

Redação Publicado em 08/12/2010, às 18h21 - Atualizado em 14/12/2010, às 11h52

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Marcelo Médici - TV Globo
Marcelo Médici - TV Globo
Marcelo Médici está fazendo o maior sucesso na novela global Passione, com seu personagem Mimi, que tem um amor platônico por Agostina, a personagem de Leandra Leal. O italiano faz de tudo para chamar a atenção de sua amada, que, por sua vez, é apaixonada pelo marido Berillo (Bruno Gagliasso). O fato de que Berillo não é nada honesto com a esposa, talvez, conte pontos no 'currículo' de Mimi. E o ator também torce pela felicidade do casal, embora, na vida real, não acredite que tanta insistência possa resultar em algo positivo. Claro que o reconhecimento profissional de um ator chega apenas depois de uma árdua batalha. O mesmo aconteceu com Marcelo, que, depois de tanto lutar, ganhou seu lugarzinho ao sol. Aliás, desde os bons tempos de escola, ele já sonhava com a vida em cima dos palcos. Para saber um pouco mais sobre a trajetória do personagem que faz rir as famílias brasileiras, leia a entrevista na íntegra que o Portal CARAS fez com o 'italiano'. - Como a interpretação surgiu em sua vida? Primeiro veio o humor ou a atuação em si? - Sempre quis ser ator, mesmo quando não sabia direito o que era (risos). Assistia aos filmes e queria fazer aquilo. Teve uma fase que, claro, pensei em outras profissões, mas, reencontrando alguns colegas de escola, eles lembraram que minha profissão estava definida desde que éramos pequenos. O humor veio depois, quando ganhei um prêmio de Humor Stand-up Comedy do Canal Multishow, em 1998. Acabei entrando no programa humorístico A Praça é Nossa e fiquei lá por dois anos. Mas me angustiava um pouco fazer o mesmo personagem por tanto tempo na TV. Engraçado que no o teatro isso não me incomoda. - Você considera o Mimi integralmente um personagem de comédia? - Sim, considero o Mimi um personagem do chamado núcleo de humor, embora tenha momentos mais sérios. Quando construo um personagem, por mais engraçado que possa ser o resultado, questiono sempre se ele poderia existir de verdade. Para isso, ele tem que ter verdade tanto nas cenas de comédia quanto nas cenas mais sérias. O humor requer tintas mais fortes, claro, mas verdade sempre. - Você já teve várias incursões na comédia antes do Mimi, mas esse é um tipo diferente de humor - não é de todo 'descarado' e tampouco um humor 'pateta'. Em quem você se inspirou para criá-lo? - O Mimi não teve uma inspiração direta em nenhum ator nem em ninguém específico. Tive como referência o Pinóquio, que foi mundialmente divulgado como desenho da Disney, mas, é na verdade, uma história italiana, mais especificamente Toscana, terra Natal dos personagens de Passione. Algumas pessoas acham o Mimi parecido com o personagem do Roberto Benigni em A Vida é Bela, mas eu só assisti ao filme depois que a novela já tinha começado. Fico lisonjeado, Benigni é um grande ator! O mais importante na construção do personagem foi o tempo que ficamos na Itália. A observação continua sendo minha maior fonte de inspiração. - Você espera um final feliz entre Agostina e Mimi? - Sim, sendo esse o desejo e maior objetivo do personagem, seria uma grande recompensa. A torcida é grande! Muita gente vem dizer que o Mimi deve conseguir o amor de sua amada, mas sendo uma novela de Sílvio de Abreu, confesso que realmente não sei o que pode acontecer (risos). - Em janeiro você volta para os palcos de SP com a peça Cada Um Com Seus Pobrema. Como fica a rotina dupla de TV e teatro? - Vou reestrear a peça uma semana depois do término das gravações. Essa é a primeira novela que não faço teatro paralelo, pois as gravações foram intensas! Queria testar se não seria mais tranquilo me dedicar somente à novela, mas cheguei à conclusão que sinto muita falta do teatro. Por mais que estejamos cansados, o teatro é revigorante. Em junho tem peça nova: Eu Era Tudo Pra Ela, E Ela Ela Me Deixou, comédia de Emilio Boechat e direção de Marília Pêra e em cena estará o Ricardo Rathsam, que me dirigiu em Cada Um Com Seus Pobrema.