Universo de extremos.
Existem alguns designers que realmente fazem a diferença quando o assunto é transformar a imagem do clássico em algo extremamente novo e moderno. Alber Elbaz coloca a Lanvin entre as marcas mais desejadas do mundo graças ao seu olhar apurado sobre três pontos indispensáveis para um visual de sucesso. O primeiro deles gira em torno do inesperado. Elbaz consegue juntar elementos que a princípio não estariam em harmonia e transformá-los em algo quase óbvio. Como os tops de tricô inseridos sem traumas no contexto festa ou os mocassins (sim, eles estão de volta!) acompanhando minicomprimentos. Afinal, quem falou que não pode? Parece mesmo que o estilista manteve este questionamento em mente durante todo o seu processo criativo. No segundo ponto vem a sensualidade: velada, discreta e cheia de pernas de fora. A regrinha do “esconde daqui e mostra dali” nunca foi tão bem representada. Já a terceira e última característica da mulher Lanvin está na intensidade. Seja nas formas exageradas das modelagens, seja na escolha da cartela de cores — do preto ao branco, do nude ao pink —, seja nos maxicolares, que mais parecem esculturas, no final a imagem é forte. Sem falar na capacidade do estilista de explorar todas as facetas do gazar, tecido com aspecto luxuoso e extrema dificuldade de manuseio. Já as rendas também dão o ar da graça em produções preto total. E, arrematando tudo isso com austera elegância, bolsas mídi tipo carteiro com detalhes de metal e ankle boots de salto fino, agora em versão alongada. No final, fica uma certeza: dentro deste universo de extremos, vestir-se pode ser extremamente chic. Enjoy!