Irmãos e pais do cantor Michael Jackson foram assistir ao segundo dia de julgamento do médico Conrad Murray, acusado de homicídio culposo pela morte do Rei do Pop
Por volta das 13h, nesta quarta-feira, 28, o Palácio da Justiça de Los Angeles deu início ao segundo dia de julgamento do médico Conrad Murray (58), acusado de homicídio culposo – quando não há intenção de culpa – pela morte do cantor Michael Jackson.
LaToya (46), Janet (45), Jermaine (56) e Tito Jackson (58) – irmãos do cantor – marcaram presença na audiência, assim como seus pais, Katherine (81) e Joe Jackson (83).
O primeiro a depor foi o produtor Paul Gongaware, responsável pela turnê This is it, que iria marcar o retorno de Michael aos palcos em 2009. Gongaware havia começado seu depoimento no fim da tarde de terça-feira, 27, mas foi interrompido por conta do horário – o primeiro dia de julgamento acabou por volta das 20h15.
Michael Williams, que era assistente pessoal de Michael, entrou no tribunal logo em seguida para dar detalhes do esquema de segurança da casa do cantor. De acordo com Williams, ninguém era permitido a entrar no segundo andar da mansão do cantor, exceto o próprio Michael e seus filhos. "Ele gostava de sua privacidade, e eu respeitava", afirmou.
Quanto ao dia da morte de Michael, o ex-assistente disse que recebeu uma ligação de Conrad Murray desesperado, mas que ele havia dito que o cantor ‘teve uma reação ruim’. Quando chegou à casa do rei do pop, Williams conta ter visto o corpo dele em uma maca.
Ele também revelou que, na anterior à sua morte, Jackson havia ensaiado e estava de excelente bom humor, sem reclamar de nada.
Após Williams, a advogada Kathy Jorrie, envolvida na contratação do médico para cuidar do cantor, deu seu depoimento. De acordo com ela, Murray exigiu em seu contrato que seria necessário comprar um desfibrilador cardíaco e outros equipamentos normalmente usados por paramédicos em situações de emergência. Kathy ainda revelou que o médico recebia US$ 150 mil.
Outra pessoa ouvida neste terceiro dia foi o segurança Faheem Muhammad. Ele relembrou o momento em que Michael parou de respirar em sua casa. Faheem viu o Dr. Murray ao lado do cantor perto da cama e, do lado de fora do quarto, estavam os dois filhos mais velhos do artista, Paris e Prince, que estavam em choque. “Paris estava encolhida no chão, chorando”, declarou.
Michael Jackson morreu aos 50 anos após uma parada cardíaca, devido a ingestão de uma grande quantidade de analgésicos.