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Ex-Polegar Alan Frank será pai de gêmeos

Em conversa com CARAS Online, Alan Frank relembra o sucesso do Polegar, fala da amizade com os ex-integrantes e conta como está sua vida atualmente

Kellen Rodrigues Publicado em 22/02/2013, às 15h12 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Alan Frank e Fernanda Soglia: à espera de Luca e Luigi - Arquivo Pessoal
Alan Frank e Fernanda Soglia: à espera de Luca e Luigi - Arquivo Pessoal

A família do ex-Polegar Alan Frank (39) está crescendo. Ele e a mulher, Fernanda Soglia (39), aguardam para a segunda quinzena de março a chegada dos gêmeos Luca e Luigi. “Só consigo fazer meninos”, brinca Alan, que é pai de Renan (16) e Nathan (13), de relacionamento anterior. “Quando soube que eram gêmeos tomei um baita susto, mas estou curtindo muito. Eu digo que tudo que eu compro, meus amigos compram com a mesma qualidade, mas com 50% off", diverte-se.

Em conversa com CARAS Online, o ex-tecladista da banda que foi fenômeno nos anos 1980 e 90, relembra momentos do sucesso, fala da amizade com os ex-integrantes e conta como está sua vida atualmente. Longe da fama desde meados dos anos 2000, ele dedica-se à família e aos pacientes de seus consultórios em São Paulo e em Ribeirão Pires - Alan é médico especializado em oftalmologia e em medicina estética, e até hoje é reconhecido por seu trabalho na banda. “Alguns pacientes pedem pra tirar foto no final da consulta, leva CD para autografar”.

‘Me tornei homem no Polegar’

Bem sucedido na medicina, ele não é o tipo que quer desvincular sua imagem do passado artístico. Ao contrário, quem procura por Alan nas redes sociais encontra o 'Alan Polegar'. “É como as pessoas me conhecem. Acho que assim é mais fácil de me encontrar. É bem legal esse contato, as pessoas fazem perguntas, tem bastante nostalgia”, diz.

Dos anos ao lado de Alex, Rafael, Marcelo, Ricardo, André e Denis, guarda muitas lembranças divertidas e muito aprendizado."Quando entrei no Polegar eu era um adolescente. Viajei o mundo inteiro, conheci o Brasil todo. Foi quando comecei a ganhar dinheiro e a lidar financeiramente com as coisas. Comecei a aprender sobre o caráter das pessoas, que existe gente boa e gente má, falsidade, interesse e amizade verdadeira. Ali foi a minha escola, me tornei um homem dentro do Polegar. Os meninos que conviveram comigo eram como irmãos, como uma família", afirma.

Nas lembranças, é claro, a histeria com que eram recebidos por fãs nunca serão esquecidas. Alan já precisou sair de um shopping disfarçado para despistar a multidão. "Elas eram doidas demais. Uma vez fui na inauguração de um shopping e juntou muita gente. Lembro que os policiais entraram na loja e um deles me emprestou uma farda. Eu saí no meio deles como se fosse policial, mas descobriram que era eu mesmo assim", entrega. "Algumas fãs se hospedavam no mesmo hotel que a gente, às vezes se escondiam dentro do armário, embaixo da cama. Fã consegue tudo, descobre telefone, onde mora. Aliás, mulher consegue tudo o que quer, ainda mais quando é fã", diz entre risos.

Foi por uma iniciativa feminina, aliás, da médica Fernanda Soglia, que o namoro começou e virou casamento. "O primo dela foi meu professor. Ela me adicionou na internet e disse que me conhecida de vista da faculdade. A gente começou a conversar, se encontrou e começamos a namorar. Mas antes ela perguntou para o primo se era eu mesmo, achava que podia ser trote", confessa.

Música só por lazer

Com o fim do Polegar, cada integrante seguiu uma carreira. Alan, que começou a faculdade quando ainda estava na banda, serviu a aeronáutica e chegou ao posto de 1º Tenente - prestando atendimento, inclusive, aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula. Ele pediu licença do cargo para dedicar-se ao consultório. "Quando eles vinham tinha que desmarcar tudo para ficar à disposição. Chegou um momento que não estava mais vantajoso financeiramente. Pedi baixa, mas tenho saudade até hoje. Foi uma experiência muito legal, fiz grandes amigos".

Do grupo, apenas Alex segue vivendo de música. Marcelo é advogado, Ricardo tem um restaurante e Rafael trabalha na TV. Até hoje, a amizade continua hoje. Alguns mais, como é o caso de Marcelo - Alan é padrinho de Nicole, filha do ex-guitarrista. Mesmo assim, ele não acredita em uma volta do grupo. "Estou combinando com os meninos  um churrasco para a gente brincar, gravar um vídeo, mas nada comercial, só para relembrar. Hoje todo mundo tem a sua vida. Brincar de tocar não dá. Ou você faz sério ou não faz. E todos nós somos bem consolidados na nossa carreira", justifica.

Questionado sobre o que mais sente saudade, ele não titubeia. "Era legal a bagunça, as brincadeiras, viagens e a alegria que a gente podia passar para as pessoas". Não hesita também em listar o melhor de sua profissão atual. "Na medicina as pessoas vão te procurar com algum problema. Poder ajudar é muito gratificante".