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Astros da TV vibram com 4º Pro-AM de tênis

Os globais Luigi Baricelli e Fábio Keldani vencem o tradicional campeonato nas quadras de Flushing Meadows

Redação Publicado em 13/09/2011, às 17h20 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Alexandre Avancini, Nanda Ziegler, Rafael Almeida, Fábio Keldani, Luigi Baricelli,Alice Wegmann e Juan Alba chegam ao imponente complexo do Queens - AP Images, Cadu Piloto
Alexandre Avancini, Nanda Ziegler, Rafael Almeida, Fábio Keldani, Luigi Baricelli,Alice Wegmann e Juan Alba chegam ao imponente complexo do Queens - AP Images, Cadu Piloto

Poucas pessoas no mundo podem dizer que jogaram uma partida de tênis no US Open, um dos mais tradicionais eventos esportivos do mundo. E um número ainda menor pode contar que se tornou campeão em um palco tão nobre derrotando alguns dos maiores nomes do tênis mundial. Mas essa história — aparentemente exclusiva dos melhores do mundo neste esporte — virou realidade para os atores Luigi Baricelli (40) e Fábio Keldani (31). Eles estavam entre os jogadores que disputaram, a convite de CARAS, em Flushing Meadows, em New York, no último dia 9, o Pro-AM CARAS US Open 2011, torneio que reúne na mesma quadra jogadores amadores e ex-atletas profissionais do tênis que já tenham vencido ao menos um Grand Slam, os quatro mais importantes torneios de tênis do mundo: Aberto da Austrália; Roland Garros, na França; Wimbledon, na Inglaterra; e o US Open, nos Estados Unidos. E como uma boa saga esportiva, na vitória da dupla não faltou emoção, sorte e rivalidade em uma final que colocou o Brasil contra os EUA e teve sabor de revanche.

Um longo trajeto foi percorrido rumo ao triunfo. Um dos mais fortes candidatos ao título era o ator Roger Gobeth (38), que não foi campeão, mas ganhou o prêmio de melhor jogador que retornava ao Pro-AM. “Sou competitivo. Gosto de jogar e ganhar. É uma emoção muito grande participar de um evento como esse nos EUA”, diz Roger. Já o fator sorte para a vitória começou a acontecer dias antes, já que Keldani não tinha sido liberado das gravações da novela global das 9, Fina Estampa, em que vive o salva-vidas Victor, e teve sua viagem rumo aos EUA confirmada apenas 30 minutos antes de o carro que iria levá-lo ao aeroporto chegar. Já em New York, Keldani entrou no time de CARAS que disputou o Pro-AM como substituto de Paulo Vilhena (32), que teve uma contusão na perna e não pôde jogar. “Fiquei triste, vim aqui empolgado com a experiência de poder jogar em pleno US Open”, diz Paulinho.

Já Baricelli, veterano do Pro-AM CARAS US Open — ele disputou em 2008 —, é conhecido dos atletas profissionais que participam do torneio e se sentiu em casa ao entrar em quadra. “Fico feliz em ver que Luigi está aqui novamente. Ele é um bom jogador, além de ser um cara muito simpático”, disse o sueco Mats Wilander (47), vencedor de oito Grand Slams, ao ver o ator entrar na quadra.

Quem foi pela primeira vez também adorou. “A galera daqui é toda bem simpática e o clima é leve, de brincadeira e muito bom. Descobri novos parceiros para bater bola no Rio”, diz Rafael Almeida (22), que começou a jogar recentemente para interpretar um tenista na próxima novela das 6 da Globo, A Vida da Gente. “Nunca tinha jogado antes, até ser chamado para fazer esse personagem. Desde então, comecei a treinar fervorosamente. Estou há quase três meses jogando de segunda a sábado”, orgulha-se ele. Alice Wegmann (15), que será uma tenista na mesma trama e fará par romântico com Rafael, também treina para a sua personagem.

“Já tinha feito aulas de tênis quando criança, aos 7 anos, mas não fui adiante; preferia a ginástica olímpica”, diz Alice, comemorando sua estreia no US Open. “Sou do esporte. Gosto de corrida, adoro andar de bicicleta na Lagoa, no Rio. Gosto de todos os esportes e tenho muita facilidade”, revela. O clima era de descontração entre os amadores, que se revezavam formando duplas com os profissionais até que os quatro melhores formaram duas duplas que disputaram a final.

Jogando ao lado de Keldani na partida decisiva, Baricelli comandou uma conquista emocionante. “Fiquei um pouco nervoso no início. Tudo o que eu tinha treinado nas clínicas preparatórias, já em New York, na hora não estava conseguindo acertar. Mas, depois, relaxei e tudo deu certo”, lembra Luigi. No final da partida, os oponentes americanos, David Humphreys (54) e Martin Seagal (29), chegaram a ficar a um ponto de fechar o jogo, mas deixaram a vitória escapar nos últimos momentos. “Foi emocionante, quando eu devolvi a bola e eles estavam no match point. Senti que errei, mas David devolveu sem forçar. Ali, vi a esperança renascer”, diz Luigi. “Fábio estava devolvendo todas as bolas, apostei que ele iria conseguir novamente e arrisquei. Era minha única saída”, acrescenta. Já Keldani foi menos racional durante a partida. “Estava tão cansado e emocionado que mal conseguia entender. Só pensava em mandar a bola para o outro lado para Luigi conseguir matar o jogo”, revela. Quando os brasileiros quebraram a vantagem dos americanos e alcançaram o match point, a torcida vibrava. “Uma delícia a final entre  Brasil e EUA. Foi a união de uma tribo contra a outra. Ganhei do americano que me fez não chegar na final em 2008. Foi especial”, conta Baricelli. “Luigi comemorou muito, foi sensacional, uma coisa que nunca imaginei que acontecesse. Foi difícil segurar a onda, pois é cansativo, são vários jogos seguidos. Mas foi uma experiência única, incrível”, diz Keldani.

Mesmo quem está acostumado a ver comemorações se comoveu com a vibração brasileira em quadra. “Entendo o que eles estão sentindo, é como ganhar Wimbledon. Sei como é esse momento”, disse Pat Cash (46), que ganhou um título em Wimbledon e assistiu à final disputada pelos brasileiros ao lado de Wilander, que gritava “É ‘campeon’, é ‘campeon’” e esperava Luigi na beira da quadra para abraçá-lo. “Foi uma emoção muito grande ganhar em um evento de esporte que também tem cunho social. A gente brinca e ajuda”, diz Luigi.

Apesar do clima de competição, o torneio é uma grande confraternização e o que move os participantes do Pro-AM é a vontade de ajudar. Toda a verba arrecadada com o evento é revertida para instituições de caridade. “A principal motivação é ajudar as crianças beneficiadas pelo dinheiro que arrecadamos”, diz Peter Flaming (55), três vezes campeão da Copa Davis e que chegou a ser número 1 de duplas jogando ao lado de John McEnroe (52). “Mas também nos divertimos, é a chance de conhecer pessoas interessantes e ainda rever os amigos”, acrescenta o eterno ídolo norte-americano.

Veja o vídeo da TV CARAS: