Diretor mostra seu novo filme em Gramado e brinda parceria com o filho Candé
Nada mais de acordo do que uma festa da sétima arte para reunir a família de Reginaldo Faria (74). Durante o 39º Festival de Cinema de Gramado, o ator — no ar na trama global O Astro — festejou seu retorno à direção de longas-metragens com O Carteiro, comédia romântica que levou o prêmio de Melhor Fotografia e o recolocou atrás das câmeras 27 anos depois do filme Aguenta, Coração. Em um hotel da cidade gaúcha, o artista desfrutou momentos carinhosos com a amada, Vania Dotto (54), o filho caçula, Candé Faria (26), protagonista do longa, com a mulher, a atriz Dany Stenzel (36), também no elenco, e a filhinha do casal, Sofia (9 meses). “O cinema faz parte das nossas vidas desde cedo e quem passa a ser parte da nossa história já se envolve também. A Sofia já faz parte desse meio”, avisa Reginaldo, orgulhoso avô também de Felipa (6 meses), filha de Marcelo Faria (39), intérprete de um delegado na produção, com Camila Lucciola (25). O veterano ator ainda é pai do diretor Régis Faria (42).
Clã unido pela veia artística, a exibição de O Carteiro contou com a presença do produtor e diretor Roberto Farias (79), irmão de Reginaldo, e sua mulher, a produtora Ruth Albuquerque (59), da mãe de Candé, Telca Malheiros (53), e a mãe de Vania, Elia Dotto Alves (76). Com Roberto na direção e Reginaldo como ator, os irmãos foram parceiros em filmes importantes como Assalto ao Trem Pagador, de 1962, e Pra Frente, Brasil, de 1982, que levou os Kikitos de Melhor Filme e Montagem em Gramado e foi censurado, porém liberado em 1983.
“Me orgulho de fazer parte dessa família tão ligada à arte”, diz Vania, casada há quatro anos com Reginaldo. Foi ela quem apresentou o povoado gaúcho de Vale Vêneto ao marido, que filmou ali. “Estou feliz por estar de volta à direção e em uma história poética. Cansei de só ver filmes falando de violência. O Candé trouxe uma visão diferenciada de cinema. Houve muita conversa entre nós e ele pegou o que eu queria e compôs um personagem rico”, lembra ele. “É o meu primeiro protagonista e tentamos manter o lado profissional, mas não deu para evitar a cumplicidade. Ser dirigido pelo meu pai foi um imenso aprendizado”, orgulha-se Candé, que em 2010 interpretou o viciado João, em Malhação. Este ano, ele e Dany exibem seu talento pelo País na peça Dona Flor e Seus Dois Maridos.