Juliana Paes está na expectativa pela estreia do remake de Gabriela, marcada para junho, no qual ela interpreta a protagonista da trama. Nesta segunda-feira, 21, deslumbrante em um vestido de renda da estilista Martha Medeiros, a atriz se juntou ao elenco na coletiva de imprensa realizada em Salvador (BA).
A estrela global contou que este é o seu primeiro trabalho cujas cenas ela ainda não havia visto, uma vez que no evento foi exibido um trecho da produção. “Já gravei bastante, mas não vi nada. É prazeroso, dá aquele friozinho na barriga”, disse.
A principal inspiração para dar vida à sedutora cabocla, contou ela, é a atriz Sônia Braga (61), que estrelou a primeira versão de Gabriela na televisão, em 1975. “A minha conversa com Sonia foi breve. Recebi flores dela e um cartão carinhoso. Ele me parabenizou e disse que não poderia ter sido uma escolha melhor. Não gosto de ficar jogando confete em mim mesma, mas ela foi de muita generosidade. Tenho muita admiração por ela e pela beleza com que fez Gabriela. Ela é a minha grande inspiração para este trabalho”, afirmou admirada.
Quase sempre falando como uma típica baiana, Juliana falou à imprensa da preparação para a personagem. “Fiz muitas aulas de prosódia [estudo da entonação e ritmo da fala]. O sotaque é uma coisa que não me larga. Em casa fico falando com o meu filho: - Pedro (1), pare com isso. Fale com a mamãe meu filho (risos)”, se divertiu.
Conciliar o trabalho com a maternidade, confessou a beldade, tem sido uma das maiores dificuldades. “Há uns dois, três dias que só vejo o Pedro dormindo. Estou com o coração na mão, mas sabia que isso iria acontecer. Descanso na ideia de que ele sabe que sou a mãe dele e que ele não vai se esquecer de mim (risos)”, falou.
Cenas “calientes”
Característica da obra inspirada no livro de Jorge Amado (1912 - 2001), a sensualidade deverá marcar a produção televisiva. Na história, Gabriela faz par romântico com Nacib (Humberto Martins, 51). “As cenas calientes são mais difíceis de assistir. É uma tortura. Você fica: - Ai meu Deus, vai aparecer alguma parte íntima. São ângulos que nem vocês mesma vê. Mas fazer essas cenas não é o problema, o importante é se entregar e colocar o corpo como instrumento. Tudo é pertinente quando é algo que esteja contando uma história e Gabriela não tem como contar sem as cenas sensuais”, refletiu.
A atriz, que já aprendeu até a culinária típica, entre pratos como acarajé e vatapá, relacionou o convite para fazer Gabriela como algo do destino. “Já tinha começado a ler Tieta aleatoriamente, que era um dos livros que eu não tinha lido do Jorge Amado. Quando estava na metade da leitura, fui convidada pelo Maurinho [o diretor Mauro Mendonça Filho] para uma reunião e fui convidada para fazer este remake. Larguei Tieta e já peguei Gabriela”, relembrou.