Ela nasceu Camila Manhães Sampaio, mas é Camila Pitanga, a persona artística que construiu, com o sobrenome que "tomou" do pai, o ator Antônio Pitanga (67). É esse o nome que ecoa Brasil afora. Hoje é também chamada de Bebel por muitos que sucumbiram ao carisma da personagem da novela Paraíso Tropical, da Globo. Aos 30 anos, Camila - que ama Bebel, mas ama mais ainda ser Camila - emprestou a fina estampa à nova campanha da top joalheria brasileira H.Stern, que aposta nela como símbolo de sofisticação e multiculturalidade, presentes na coleção da marca, que inclui as linhas Hera e Celtic Dunes. Durante a sessão no estúdio do fotógrafo Miro (57), no bairro paulistano de Perdizes, a estrela recebeu CARAS para papo exclusivo.
- Segundo a astrologia, com os 30 vem o "retorno de Saturno",uma reflexão sobre a vida. Os 30 lhe trouxeram algo especial?
- Ainda não. Nunca projetei meu futuro. Comecei cedo na profissão, não havia muito o que pensar. Por ter crescido em casa de atores - minha mãe, Vera Manhães, também é atriz - tive menos deslumbramento com a profissão. As coisas foram acontecendo... Estou feliz, vivendo com a família que eu sempre quis, e com o reconhecimento do público e dos colegas.
- Antes da novela você afirmou que queria engravidar...
- Quero muito, mas não há nada "fechado". Minha enteada, Maria Luisa, de 8 anos, filha do meu marido, Cláudio Amaral Peixoto, quer um irmão, mas a vida é dinâmica, não? Sei lá, ainda sou jovem.
- O que Bebel lhe deu? - Difícil falar só dela, me orgulho de outros trabalhos que também tiveram repercusssão como Paraguaçu, na série de TV e filmeCaramuru, e Mônica, na novela Belíssima. Mas Bebel trouxe um tom a mais, a popularidade é maior, aliás, ela é retumbante.
- Porque acha que Bebel seduziu o imaginário brasileiro?
- Bebel transcendeu os estigmas da profissão de prostituta e se mostrou pulsante, cheia de picardia. Isto é irresistível. Ela tem auto-estima, gosta do que faz. Assim como na vida ou em qualquer escolha profissional, há o estereótipo "humilhadas x glamourizadas". Bebel foge disso. É comum, como todas nós.
- Você já disse que não crê no rótulo de sex symbol. Como é a exigência da beleza para você?
- Eu me cuido, mas beleza nunca um foi drama. É atributo, sinal de auto-estima. Gosto de me vestir bem, de jóias. Estou fazendo a campanha por ser, antes de tudo, grande consumidora da marca. Sempre usei, amo. Por outro lado, não sigo padrão de beleza, prezo a saúde e fico de olho no metabolismo. Obsessão por beleza é ruim.
- O que gosta de fazer ?
- Coisas prosaicas como andar de bicicleta e ir à padaria Lisboa, no Rio. Em 2005 me formei em Artes Cênicas pela UniRio. Quero retomar os grupos de estudos com amigas, além de voltar ao teatro, estudar francês e fazer balé.
- Com o fim da novela, férias?
- Claro! Farei uma longa viagem para o exterior, mas é segredo. (risos) Também quero conhecer novos lugares no Brasil. Além disso, estréio dois trabalhos no cinema, o curta Samba e o primeiro longa de Ricardo van Steen, Noel - Poeta da Vila, sobre o compositor Noel Rosa, em que vivo Ceci, a eterna paixão dele.
Este site utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando, você aceita as condições de nossa Política de Privacidade