Ana Hickmann retorna vitoriosa à bela Milão

Entre os anos de 1998 e 2004, Ana Hickmann (29), então top model internacional, passava longas temporadas em Milão, uma das mais incensadas capitais da moda europeia. Como nem tudo é glamour na vida de modelo, a gaúcha enfrentou dificuldades típicas da profissão: distância da família, apertos financeiros e o peso de ter de se virar sozinha. Seis anos depois, a bela volta a Milão com o marido, Alexandre Corrêa (36), e em situação inversa à de outros tempos: empresária bem-sucedida - Ana tem 12 produtos licenciados, de jeans e bolsas a perfumes, câmeras fotográficas e enxoval -, ela acaba de participar na cidade da mais importante feira internacional do mercado óptico, a Mido. "Vim como designer. Sou a prova de que o mundo dá voltas", diz a loira, orgulhosa por estar à frente da única marca brasileira convidada para o evento e feliz tanto com a carreira como com a vida pessoal. Apresentadora do dominical Tudo é Possível, da Rede Record, essa pisciana que se define como "hiperativa ligada nos 220, mas movida pela emoção", aprende a se soltar mais e interagir com a plateia. "Estou liberando a criança que ficou guardada em mim durante muito tempo. Descubro a cada dia que posso ser mais alegre e feliz", diz ela, em tour com o marido acompanhado com exclusividade por CARAS. - Como é retornar a Milão, onde atuou como modelo? - Fazia uns cinco anos que não vinha a Milão. Vivi aqui muitas dificuldades e muitos sonhos. É bom poder voltar como designer, como única empresa brasileira convidada para a Mido. Sou a prova de que o mundo dá voltas. - Como é viajar acompanhada de seu marido, Alexandre? - É sempre muito bom. O Alê é supercompanheiro, até na hora das compras ele ajuda! Fui escolher sapatos, comprei três pares e ele insistiu para eu levar mais dois. A melhor terapia de casal que existe é essa, em que saem os dois para comprar, conversar e se distrair. - O Alexandre é também seu empresário. Como é a rotina de trabalho dos dois? - Trabalhamos juntos, mas ele fica mais no escritório. Claro que nos falamos muito o dia todo. - Vocês estão casados há 12 anos. Qual a base desse relacionamento duradouro? - Somos diferentes em muitas coisas, mas nas mais importantes, muito parecidos. Cumplicidade é a palavra-chave. Temos admiração mútua, somos verdadeiros nos sentimentos e compreendemos que cada um tem seu espaço. O Alê é quem mais me incentiva, sempre foi meu parceiro. Acho que eu não confiaria em outra pessoa como confio nele. Sou muito feliz. - Há planos de ter filhos? - Paramos com a cobrança de ter de ampliar a família. Quando for a hora vai acontecer. - O que vocês mais gostam de curtir quando estão em Milão? - Gostamos de passear pela Galeria Vittorio Emanuele, onde há restaurantes deliciosos, e de tomar vinho. Sou boa de garfo, mas não exagero, como de tudo com consciência. Adoro salgados, carnes, massas e o Alê me acompanha. Para equilibrar, faço dança, musculação e alongamento, de duas horas e meia a três horas, três vezes por semana. - Em 2011 você faz 30 anos. Alguma encanação com isso? - Pois é, vou virar balzaquiana, mas só posso dizer que a cada ano tudo fica melhor. Até agora estou superfeliz com tudo: meu corpo, os quilinhos a mais, era tudo o que eu queria. Não dá para, nesta idade, ter o mesmo peso de adolescente. - Como vai sua experiência no comando do Tudo é Possível? - O programa está cada vez mais gostoso. É diferente de tudo o que eu já fiz. Os diretores me dão a liberdade de ser eu mesma, sem a obrigação de criar um personagem, de me enquadrar num padrão. Sou muito verdadeira. Até um tempo atrás eu queria esconder as emoções, mas descobri que deixar fluir o sentimento ajuda no meu trabalho. E estou me divertindo muito. São quatro horas e meia de programa no domingo, dia que conta com tantos outros talentos na TV. E saber que recentemente ficamos uma hora em primeiro lugar no Ibope me deixa muito feliz.