RACISMO!

Lázaro Ramos relembra início de sua trajetória e reflete sobre o racismo: ''Direito a vida''

Lázaro Ramos comove web ao fazer belo desabafo sobre o direito a vida

CARAS Digital Publicado em 02/06/2020, às 16h55 - Atualizado às 17h21

Lázaro Ramos faz bela reflexão sobre o direito a vida - AgNews/Eduardo Martins

Nesta terça-feira, 2, Lázaro Ramos aderiu ao 'Blackout Tuesday' movimento realizado para mostrar apoio a toda a comunidade negra mundial, permitindo que suas publicações ganhem mais visibilidade durante o 'apagão'. 

Os protestos online e nas ruas estão acontecendo tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, após a morte do americano George Floyd, que foi asfixiado por um policial branco. Além disso, muitos brasileiros também se revoltaram com a morte do jovem João Pedro, de 14 anos, que morreu baleado em uma operação policial, em São Gonçalo, Rio de Janeiro. 

O ator, foi um dos artistas que estão se manifestando nas redes sociais a respeito desse assunto: "Sobre o direito a vida. Quando eu tinha 15 anos de idade entrei para o bando de teatro Olodum. Lá conheci um espetáculo chamado Ó PAÍ Ó, que para além dos personagens carismáticos, linguajar diferente e o retrato de um pelourinho, tinha como tema central a denúncia do extermínio de crianças", começou na legenda da postagem. 

E prosseguiu: "Hoje, com 41 anos de idade e depois de ter vivido na arte e nos palcos vários assuntos, um que não saiu nunca foi a denúncia do extermínio das nossas crianças. O que nós enquanto sociedade caminhamos? Ao falar sobre isso nas artes o ideário é que nos sensibilizemos e nos sintamos capazes de contribuir para a redução das violências", destacou. 

"Hoje, o que vejo por algumas pessoas é omissão e por vezes celebração ou normalização das mortes. Já me falta repertório pra falar sobre esse assunto. Poucas frases novas surgiram que sejam diferentes desses vídeos. Em meio a uma pandemia e em uma comunidade polarizada como a que estamos tudo piora. Infelizmente teremos que falar ainda mais. E as mensagens ditas quando eu tinha 15 continuam valendo. Mas precisamos acrescentar que isso junto com uma política do ódio, onde parece ser natural tantas morte e violência e a narrativa de que não há o que fazer ou o que falar que nada mudará, a angústia aumenta", pontuou. 

"É necessário repetir: Sim, a justiça é possível. Sim, valorizar a vida é necessário. Sim, é preciso se indignar. E sim, somos cidadãos desse país e assim temos que ser tratados. Através de um projeto que lute por uma comunidade mais justa para todos. Essa é a meta. Olhar pra todos. Me recuso a acreditar que o que nos sobrou foi a barbárie. E acabo este textão com arte. Passei a semana escutando Refavela, Realce e Refazenda. Três álbuns de Gil onde ele fala de revisões e reconstruções", afirmou. 

Por fim, completou: "Nos meus delírios sensoriais, comecei a compor uma nova nação. O senhor me falava sobre Reconstrução, sobre um ReBrasil. Onde Resgatamos nossa capacidade de nos sentirmos parte do problema e da solução.Todo gesto é bem-vindo. Caminhemos pra um Rensacimento. Chega de mortes", concluiu e acrescentou a hashtag: "Vidas Negras Importam".

Confira abaixo o clique na íntegra:

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