ROMPENDO BARREIRAS

Claudia Ohana se desafia na comédia e fala sobre etarismo: 'Minha bandeira é a minha idade'

Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz Claudia Ohana detalha sobre o espetáculo 'TOC TOC' e fala de etarismo no audiovisual

Felipe França

por Felipe França

ffranca_colab@caras.com.br

Publicado em 08/10/2024, às 08h00

Claudia Ohana vive mulher religiosa no espetáculo 'TOC TOC' - Divulgação/ Bruno Lemos

Claudia Ohana (61) está de volta aos palcos com o espetáculo TOC TOC, em cartaz no Teatro Procópio Ferreira, na cidade de São Paulo. Sempre buscando por desafios, essa é a primeira peça de comédia da atriz. Em entrevista à CARAS Brasil, a artista fala desse projeto na carreira e declara sobre o etarismo: "Minha bandeira é a minha idade".

No espetáculo, Claudia Ohana interpreta Maria, uma mulher religiosa que vive com a sensação de ter esquecido tudo aberto. A peça trata de forma bem-humorada e sensível o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). A atriz fala sobre a importância de representar esse tema e sua estreia com comédia nos palcos. 

"Eu acho super importante pegar com humor um assunto que é super sério, que são as fobias e toques, transtornos obsessivos. A peça tem essa leveza, um humor, essa brincadeira e cada um se expondo. Já fiz humor na novela, mas é a primeira vez que eu faço uma peça de comédia, então, é um ritmo, luz, tudo é diferente. A gente trabalha muito junto e está sendo muito legal. Sempre com desafios", declara. 

Sobre interpretar Maria, uma personagem bastante religiosa, Claudia Ohana reforça que também é uma mulher de fé, mas esse papel é mais um desafio na carreira e brinca: "Está difícil, eu pego na mão de Deus e vou, eu sigo com Jesus no meu coração, mas eu não conheço ninguém assim como ela, mas acho que, como ela tem pensamentos obscenos, ela é extremista". 

'A MINHA BANDEIRA É  A MINHA IDADE'

Claudia Ohana começou a carreira no cinema no ano de 1979, no filme Amor e Traição. Desde então, vem emplacando diversos personagens de sucesso em sua carreira. A atriz avalia o mercado audiovisual e fala sobre o etarismo

"Eu estou em plena atividade, mas acho que se escreve mais personagens para os jovens do que para mulheres de 60, 50+, sem dúvidas, mas existem personagens incríveis também. A minha bandeira é a minha idade, o etarismo está aí, em várias coisas, vários momentos e é sutil", avalia. 

A atriz reforça que o preconceito com pessoas mais velhas não está apenas na carreira artística, mas enraizado na sociedade. Claudia Raia menciona que as pessoas não devem deixar de sonhar e nem desistir de ir em busca dos seus sonhos. 

"Aceitar a beleza da mulher de 60, mostrar que você pode mudar muita coisa, se arriscar em uma comédia, em uma cidade nova, se arriscar na vida e ter muitos sonhos e projetos", finaliza Claudia Ohana. 

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Felipe França

Felipe França é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero (FCL). É repórter de pautas especiais do Grupo Perfil. Tem passagens pela Coluna Flávio Ricco, no R7, e pela TV Gazeta. Possui paixão pelo universo da televisão, novelas e celebridades. Gosta da arte de ouvir histórias e pessoas.

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