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Crianças que convivem com animais podem desenvolver doenças graves

Redação Publicado em 22/05/2012, às 11h21 - Atualizado em 31/01/2013, às 16h15

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A criação de animais em casa torna-se uma mania nacional. Eles têm livre acesso a todos os cômodos da casa, alimentam-se com os humanos e às vezes até servem de “babás” para bebês. Uma convivência tão estreita mesmo com animais vacinados representa risco de doenças para todos os seres humanos, mas em especial para as crianças.

O primeiro grupo mais vulnerável são as crianças menores de 6 meses. Nessa idade elas perdem a imunidade herdada da mãe e começam a produzir a própria imunidade. É uma fase em que as defesas orgânicas são frágeis e vão se fortalecendo à medida que têm contato com o ambiente. Os animais representam risco para estas crianças porque apresentam um grupo próprio de microrganismos na pele e internamente. Eles também não têm os hábitos de higiene dos humanos, claro. Assim, as crianças podem contrair tais microganismos ao ter contato tanto com a pele, quanto com a saliva, a urina e as fezes dos animais. Isso independentemente de serem vacinados ou não. As vacinas fazem com que os animais não desenvolvam algumas doenças, porém não todas. Mas os microrganismos continuam neles e podem contaminar todos os humanos, não somente as crianças.

Conheça algumas doenças que podem ser transmitidas por animais às crianças: 

l Micoses. Causadas por fungos, caracterizamse pelo surgimento de alteração na coloração da pele, com descamação e às vezes coceira. Mas os fungos podem causar doenças muito mais graves, como infecções pulmonares.

l Toxocaríase. É causada por vermes de cães e gatos. Pode não dar sintomas ou causar febre, aumento do volume do fígado e dos gânglios, pneumonias de repetição, problemas neurológicos e, mais tarde, problemas de visão.

l Toxoplasmose. É causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, presente nas fezes de gatos e pássaros. Pode não dar sintomas ou causar aumento no volume dos gânglios, febre, dor muscular e de  cabeça, cansaço, aumento do fígado e do baço, mais tarde inflamação da retina, que pode levar até à perda da visão.

l Salmonelose. É causada pela salmonela, comum nas fezes de tartarugas, gatos e cachorros. Pode causar diarreia, meningite e infecção generalizada.

l Coagulação intravascular disseminada. É causada por bactérias presentes na boca dos cães. Caracteriza-se por alterações na coagulação do sangue e surgimento de hemorragias, às vezes fatais. O segundo grupo mais vulnerável são crianças a partir dos 2 anos.

Como já interagem com animais, ficam suscetíveis também a acidentes como mordidas, arranhões e quedas. Crianças asmáticas, enfim, podem ter a doença agravada pelo contato com os pelos dos animais.

Felizmente, é possível evitar que as crianças se exponham aos riscos de problemas e doenças com algumas medidas básicas. Estabeleça um espaço para o animal e não permita que circule por todos os cômodos da casa. Adultos que cuidam dos animais devem higienizar sempre as mãos ao final da atividade. Limpe a casa diariamente. Vacine os animais na periodicidade indicada pelo veterinário e, se adoecerem, trate deles. Não deixe as crianças sozinhas com animais nem que brinquem com a água e a comida deles.

Caso você desconfie que seu filho possa estar com alguma doença relacionada com animais, finalmente, leve-o ao pediatra ou a seu médico para ter o diagnóstico e fazer o tratamento.