Rei reza, canta músicas de amor e religiosas e se emociona na homenagem à eterna companheira
Redação Publicado em 22/12/2009, às 00h58 - Atualizado às 12h00
Do alto da área do coral da Igreja Nossa Senhora do Brasil, na Urca, bairro carioca onde mora, Roberto Carlos (68), emocionado, rezava e cantava músicas de amor e religiosas, como Detalhes e Jesus Salvador, no sábado, 19. Nessa data, há uma década, morreu, aos 38 anos, Maria Rita, sua última mulher e eterna musa. A missa em homenagem a ela, que foi celebrada pelos padres Jorjão (48), Antônio José de Moraes (60), João Damasceno (43) e Luís Corrêa (46), reuniu, como já é tradição, as famílias e fãs do cantor. "Meu pai transformou a saudade que sente de Maria Rita em algo bom não só para ele, mas para todos. Esse encontro de parentes e fãs é muito importante para ele, não é à toa que continua organizando a cerimônia. É algo que ele faz com prazer e com grande amor. Vem aqui, canta, reza... Eu tenho muito orgulho da postura dele", afirmou Dudu Braga (41), fruto da primeira união do Rei, com Cleonice Rossi, a Nice, morta em 1990. Roberto também foi casado por 11 anos com a atriz Myrian Rios (51). Dudu estava acompanhado da mulher, Valeska Sostenes (29), e dos tios, Carlos Alberto Braga (76), com a amada, Maria de Fátima (41), e Lauro Roberto Braga (78), irmãos do cantor. "Não é uma missa qualquer. Roberto participa, e isso cria uma atmosfera intimista. E esses padres são nossos amigos há anos", afirmou Lauro. "Essa celebração reforça o carinho e a amizade que a nossa família tem pela de Maria Rita e vice-versa", completou ele.
Em discurso improvisado, o padre Jorjão, também ligado aos parentes de Maria Rita, exaltou a bondade dela, que inspirou várias canções de Roberto Carlos, como Amor Sem Limite (Quando a gente ama alguém de verdade/Esse amor não se esquece/O Tempo passa, tudo passa, mas no peito/O amor permanece). "Maria Rita era uma pessoa muito especial, um tipo de ser humano difícil de se encontrar na Terra. Era tão humilde, que só descobri que estava casada com Roberto Carlos anos depois de conhecê-la. Ela fez muita diferença por um mundo melhor, só espalhou o bem enquanto esteve conosco", disse Jorjão.
A demonstração de carinho do religioso comoveu os parentes da professora e psicóloga, que morreu um ano depois de ter sido diagnosticada com um tipo de câncer raro e muito agressivo na região pélvica: a mãe, Gery Simões (78), a irmã Maria Emir (52), com o marido, Germano Valente (60), a sobrinha Juliana Brotto (22) e a tia Gilda (86). "É um ato muito bonito e sincero da parte do Roberto. Nós encontramos nas boas lembranças uma maneira de conseguirmos driblar a saudade que sentimos da Maria Rita. Pensamos nela praticamente todos os dias, mas é sempre de uma forma agradável", afirmou Maria Emir, que fez a Primeira Leitura da missa.
O único momento em que o Rei Roberto desceu do local onde estava foi para comungar. Logo após encerrar a celebração com as canções Jesus Cristo e Nossa Senhora, ele foi muito aplaudido pelos fãs. "Obrigado pela presença de todos. É importante sentir o carinho que vocês nutrem por mim e pela Maria Rita. Espero que todos tenham um ótimo fim de ano. Feliz Natal e Feliz Ano Novo", desejou ele, que este ano completou 50 anos de carreira, antes de deixar a igreja pelos fundos e voltar para seu apartamento. Roberto conheceu Maria Rita quando ela era uma estudante de 16 anos, mas os pais dela não permitiram o namoro. Tempos depois se reencontraram e assumiram o romance, em 1993. Após três anos, casaram-se em uma discreta cerimônia na mesma igreja onde foi celebrada a missa. "É importante lembrarmos que a vida é eterna e que nossa amiga Maria Rita continua conosco", frisou o padre Moraes.
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