Ao lado de Adriana, e dos herdeiros, Vítor e Vitória, ele reafirma raízes sertanejas
Redação Publicado em 31/05/2010, às 19h30 - Atualizado às 19h47
Foi num pequeno circo do interior paulista que o cantor sertanejo Edson (35) tomou pela primeira vez contato com uma plateia. Ele tinha 5 anos e para o venerável público era Pupi, da dupla com o irmão, Pep, de 7 anos. Fascinado com a experiência, o garoto pobre continuou a se apresentar e começou a sonhar com a fama. Jovem, enquanto o almejado reconhecimento não chegava, reforçava o orçamento com outros ofícios."Fui barman e vendedor de jornal", recorda o artista. Pupi e Pep se transformaram em Edson e Hudson (37), um furacão sertanejo que vendeu 4 milhões de discos, e faturou 19 Discos de Ouro e Platina. Depois de quase 30 anos juntos, eles decidiram seguir rumos musicais diferentes. O irmão mais velho, aficionado por guitarra, partiu para um estilo rock-sertanejo. Fiel às raízes, Edson optou por continuar com o mesmo som que encanta milhões de fãs no Brasil todo e incorporou ao grupo os irmãos Douglas (23), no acordeão e violão, e Márcio (20), na guitarra.
"O Brasil é um país caboclo. A verdadeira cultura vem da raiz", diz o assumidamente caipira Edson, ao lado da amada, Adriana Cadorini (32), e dos filhos, Vítor (9) e Vitória (11), na nova e ampla casa da família construída num condomínio em Limeira, interior de São Paulo. Os garotos herdaram a veia artística do pai e formam uma dupla que, com apenas dois anos de estrada, concorreu ao Grammy 2009 de Melhor Disco Infantil.
Dono de voz límpida e potente, Edson respira e transpira música 24 horas. Compositor em tempo integral, carrega no bolso um gravador para que a inspiração não o pegue desprevenido. Letra e melodia costumam chegar juntas, sem aviso prévio. "Tudo me inspira. Acho que é dom", diz o artista, cujo primeiro álbum-solo, Edson & Você, já sai com Disco de Ouro, com 50000 cópias vendidas. No CD de estreia da nova fase, surpresas como uma parceria com Edson Arantes do Nascimento (69), Pelé, um dueto com Zezé Di Camargo (47) e uma faixa compartilhada com o pai, Jerônimo Silva (66), o mesmo homem que ensinou a Edson os primeiros acordes e fez milhares de crianças sorrir, incorporando o palhaço Beijinho no mesmo circo onde tudo começou.
- Vocês estão casados há 13 anos. Como se conheceram?Edson - Foi numa concessionária onde ela trabalhava, aqui em Limeira. Me apaixonei na hora. Dias depois, num jantar, peguei o microfone e disse que Adriana seria a mãe dos meus filhos.
- O que fez você acreditar que o romance com ele daria certo?Adriana - Edson falava de amor com convicção, isso me cativou. Meu amor por ele é o sentimento mais forte que já vivi. Nosso relacionamento passa por várias fases, mas nunca acaba.
- Edson é assediado pelas fãs e você é bonita, existe ciúme?Adriana - Nossa base de amor é a confiança e eu separo as coisas. Ele é ciumento, mas sem excesso.
- Como se dá o relacionamento com as crianças ?Adriana - Somos bastante apegados. Todos os dias o Vítor chega para o Edson e diz 'pai, eu te amo'. E ele adora, claro, brinca muito com eles, faz caretas, como se também fosse criança.
- Desde janeiro, você assumiu a carreira-solo. Como tem sido a receptividade do público?Edson - Quando eu e Hudson decidimos seguir nossos rumos, fiz questão de manter a mesma sonoridade. O disco Edson & Você homenageia os fãs, eleitos como meus novos parceiros. As músicas estão sendo bem tocadas e Sou Brasileiro, mistura de sertanejo com sambaenredo, já virou tema da Copa em diversas rádios brasileiras.
- Como é tocara carreira sem Hudson, após 30 anos de dupla?Edson - Eu sinto falta do irmão, do companheiro. Quanto à parte musical, trouxe os irmãos e músicos Márcio e o Douglas, o que manteve o mesmo som com o qual os fãs estão habituados.
- Como foi a parceria com Pelé, na faixa Sou Brasileiro?Edson - Para mim foi uma honra, afinal ele representa o futebol no mundo todo. Sou o primeiro sertanejo a gravar com o rei Pelé.
- Muitos de seus sucessos são de sua autoria. Como se dá seu processo criativo?Edson - Minha inspiração vem de repente, só pode ser dom. Tudo me inspira. Dia desses estava jogando pingue-pongue e me veio uma música sobre o amor que vai e volta. Quando pinta uma ideia, pego o gravador, que não sai do meu bolso, e registro na hora para não esquecer. Depois vou para o violão. Eu vivo de música 24 horas por dia.
- A casa é bem grande, tem sauna, piscina churrasqueira, home theater e adega. Qual o cantinho favorito da família?Edson - O home theater, onde fica o telão e os instrumentos. É o ninho onde nos agrupamos.
- Como foi decorar um espaço de 558 metros quadrados?Adriana - Fiz aos poucos, com a ajuda de uma amiga decoradora, Solange Cardozo. Gosto de misturar estilos, tipo pôr um sofá clássico ao lado de poltrona de acrílico.
Este site utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando, você aceita as condições de nossa Política de Privacidade