O designer japonês lamenta tragédia na sua terra natal
Redação Publicado em 21/03/2011, às 21h18
A tragédia do terremoto e do tsunâmi que devastou áreas no Japão e matou milhares no início de março chocou o estilista, designer e empresário japonês Kenzo Takada (71), criador e estrela da Coleção CARAS Sonho Oriental. Na Ilha de CARAS, o décor de temas orientais trouxe à sua cabeça boas lembranças da terra natal, mas não apagou a tristeza ao lembrar da dor que assola o país. "Nunca passou pela minha mente tamanha tragédia", diz Kenzo.
- Você tem acompanhado o noticiário sobre o Japão?
- São 71 anos de vida e nunca soube de tragédia de tamanha grandeza. Tenho família e amigos no Japão e estou muito triste. Não existe nenhuma palavra para tamanha dor e tristeza. Rezo e peço para que o povo japonês tenha muita força para superar e recuperar-se da tragédia o quanto antes. A parte material, com certeza, eles conseguirão, mas a dor da perda dos entes amados, não tem como.
- O que mais o marcou nesta viagem ao Brasil?
- Antes de conhecer esta ilha paradisíaca, passei por algumas cidades do Nordeste e do Norte do País. Tive contato com a floresta. Tudo me lembrava um filme da Disney, de cores fortes. Sempre tive consciência de preservação e gostaria de criar algo integrado à natureza. Fiquei incomodado com o quanto ainda preciso me esforçar para ajudar a preservar o planeta.
- Pode adiantar quais serão os seus próximos passos?
- Este ano é um divisor de águas, vou começar tudo de novo. Sempre é preciso humildade para pensar que nunca atingimos o sucesso. Aliás, esta é uma palavra perigosa. Alcançar o sucesso é possível, mas ninguém pode se acomodar. Sei que algo muito grande e bom está para acontecer. Só não posso revelar agora...
- Há alguma fórmula para manter tanta jovialidade?
- Não quero ser adulto, mas continuar jovem. Faço ginástica e me preocupo com o tipo de alimentação, além de não abusar das bebidas alcoólicas. Gosto de mim e tenho de me cuidar.
- Como vê a moda atual?
- Tem gente fazendo coisa bonita. Mas observo que eles não se prendem a conceitos e não têm personalidade. Para mim, parece que está tudo igual. Poucas pessoas seguem um caminho verdadeiramente criativo.
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