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Juliana Silveira: "A maternidade me tornou uma mulher prática"

Na Ilha de CARAS, atriz conta como a maternidade lhe transformou

CARAS Digital Publicado em 04/02/2015, às 14h13 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Juliana Silveira - Cadu Pilotto
Juliana Silveira - Cadu Pilotto

Se Juliana Silveira (34) fosse narrar sua vida nas páginas de um livro, sem dúvida, a chegada do herdeiro, Bento (3), fruto da feliz união com o designer João Vergara (35), seria o capítulo “divisor de águas” de sua história. “A maternidade me tornou uma mulher prática, menos dramática, tudo mudou. Amadureci na marra. Hoje, sou uma pessoa leve, que enxerga as coisas com clareza e não problematiza tudo”, destaca a atriz, durante estada na Ilha de CARAS, no litoral flu minense. “Até o meu casamento ficou melhor, pois aprendi a conduzir a relação com tranquilidade”, emenda a paulista de Santos. No ar como a vilã neonazista Priscila Schiller, na trama Vitória, da Record, Juliana ainda afirma que o filho lhe trouxe fôlego extra para encarar o trabalho. “Bento veio para somar. Ele me dá forças para aguentar a distância quando estou gravando. Quero que ele sinta orgulho da mãe que tem”, atesta ela, que após finalizar a trama pretende investir em projetos de curta-metragem pela internet. “Sou um pouco frustrada por nunca ter feito cinema. É um sonho antigo que está saindo do papel, mas ainda é embrionário”, adianta a beldade, no auge da beleza e da boa forma. 

– Como concilia carreira, maternidade e casamento?

– É uma loucura! A gente sempre acha que está devendo atenção para alguém. Tive de aprender a negociar comigo minhas vontades de ser profissional, mãe e mulher. Busco reservar um tempo para mim, outro para exercer o romantismo, que não pode faltar, outro para Bento. Ele já entende que  preciso trabalhar e acho que o ‘excesso de mãe’ não é legal. As crianças precisam ter uma vida social.

– Bento já entende sua carreira? Já o levou em gravações?
– Ele pede, é curioso, mas não o levo, porque a personagem é pesada, densa. Apesar de entender, quando saio de casa ele faz manha, porque sabe que eu também sentirei a falta dele.

– Sua relação com a vaidade e mesmo com a feminilidade mudou após a maternidade?
– Tudo ficou na medida, no tamanho certo. Como minha prioridade é ele, não me cobro tanto, mas também não deixo os meus cuidados de lado. Antes, se não conseguia tempo para me depilar, por exemplo, me desesperava. Hoje, não. Uso uma lâmina e tudo está resolvido. Se a roupa não está tão legal, também não tem problema, o mais importante é estar confortável para pegá-lo no colo, brincar e interagir com ele. 

– Como se fosse um exercício de prática do desapego...
– Sim! Não dá para ser como as blogueiras de moda, sempre impecáveis. É uma nova situação de vida e essa mudança nunca foi problema para mim. Problema é quando a saúde não está bem.


– Mas ainda assim você mantém uma rotina de cuidados.
– Faço pilates e gosto de caminhar pelo condomínio onde moramos. Depois que ele nasceu, mudei bem a minha alimentação. Reduzi as carnes, o glúten e os doces. E não abro mão de uma boa massagem, que ajuda a tirar todo o estresse do dia a dia. Também gosto de ficar na sauna e aproveito que João também curte para ir com ele e termos um momento só nosso. Uno o útil ao agradável.

– A genética e o rosto de menina a favorecem. Na essência, também tem essa alma jovem?
– Sou moleca! E sou apaixonada pelo universo masculino. Afinal, cresci brincando com o meu irmão mais velho. Acho que para brincar e se divertir não tem idade.

– Se sente mais feminina?
– Ganhei corpo depois que Bento nasceu. Na adolescência, era magrinha, mas queria ter um corpão, porque achava que precisava disso para namorar. Hoje, vejo que o mais importante é estar bem consigo, se aceitar e ser feliz.

– Pensa ter mais filhos?
– Quero sim, mas não no momento. Quando Bento nasceu, fiquei um ano de licença maternidade e, agora, quero retribuir esse tempo que a emissora me deu trabalhando bastante. Seria injusto engravidar nesse momento e ter de me afastar novamente. Um bebê requer cuidados e quando Bento nasceu fiquei grudada com ele durante quase um ano. Passa rápido, é preciso aproveitar essa fase. Por isso, quero esperar um pouco. Bento também já pede um irmão e vive perguntando quando terei ‘outro Bento’. (risos)

– Quais valores julga ter aprendido com a maternidade?

– Aprendi a dar mais valor aos meus pais e descobri o tal amor incondicional. Nunca amei niguém como amo Bento. Aprendo coisas novas com o meu filho diariamente. Esses dias, ele foi tomar vacina e eu disse que não iria doer. Como ele não chorou, como recompensa, dei um DVD para ele. Nós fomos à livraria e ele e pediu o DVD do desenho Monster High. Eu disse: ‘Filho, esse é de menina.’ Na hora ele me respondeu: ‘Mas mãe, minha babá é menina e pode assistir comigo.’ Essa percepção dele me emocionou.

– Que balanço faz de sua primeira personagem vilã?
– No início, me senti insegura, tive dúvidas. Afinal, era diferente de tudo o que eu já havia feito. Para o ator, o vilão é mais interessante, pois dá a possibilidade de exercitar uma personalidade sem limites. Já a mocinha, o desafio está em não deixar a personagem chata. Graças a Deus está dando tudo certo, sinto que cresci profissionalmente com este trabalho.