Com humor e talento, conta como superou preconceitos
O corpo exuberante, 67kg em 1,71m, o belo rosto e a simpatia de Juliana Alves (28) encantam desde a sua participação no Big Brother Brasil 3, em 2003. "O reality me apresentou ao público, não escondo o meu passado", afirmou a atriz, em temporada na Ilha de CARAS após brilhar no remake de Ti Ti Ti. "Apesar do preconceito que sofri no meio artístico, sabia que conseguiria superar isso mostrando o meu trabalho", realçou ela, que também atua no filme Vamos Fazer Um Brinde, ainda sem data de estreia. A repercussão da passagem pelo BBB ainda provoca momentos de diversão. Ela admite que se tornou tão "íntima" dos telespectadores, que ainda recebe conselhos amorosos nas ruas. "Há uma torcida para me casar", gargalhou Juliana, que há três anos namora o ator Guilherme Duarte (34), no elenco do longa A Novela das Oito, de Odilon Rocha (43), com estreia no segundo semestre. Apesar do sucesso da relação, e de toda pressão dos fãs, a estrela prefere descartar a possibilidade de oficializar a união, ao menos por enquanto. "Para a gente não está faltando nada. É algo para o futuro. Estamos bem com cada um morando na sua casa. Mas sempre estamos juntos", acrescentou, sem esconder que é a mais ciumenta da relação. "Guilherme é mais tranquilo que eu. Então, tento abstrair", explicou. - Há quem diga que mulher bonita costuma ter um gênio forte. É o seu caso? - Difícil dizer. (risos) Acho que sou uma pessoa fácil de se lidar, mas quando tem algo que me incomoda, reclamo. Não dá para ter sangue de barata, não é? - E como você se define nas relações? É intensa? - Sempre fui. Mas consigo respeitar a individualidade do outro, até porque gosto do meu espaço, de ter um tempo comigo mesma e com meus pais, Fátima e Sebastião, duas pessoas incríveis. - O que mais herdou deles? - Do meu pai, por exemplo, o gosto pelo samba. Ah, e ele me ensinou a gostar do Chico Buarque. Quando eu me machucava, ele cantava para mim a música Vai Passar. O 'seu Sebastião' é realmente de uma delicadeza sem tamanho. - É o mesmo perfil que procurou em um namorado? - Nunca tinha pensado nisso. Mas, para estar comigo, precisa ser especial, ter bom coração. -E o Guilherme é assim... - É. Meu namorado é uma pessoa afetuosa. - Você é romântica? - Sou, mas não à moda antiga. Não fico esperando flores o tempo todo. Valorizo os atos, um jantar surpresa, algo que vá me dar um friozinho no estômago. - O que você mais valoriza em uma relação a dois? - O respeito. E tenho isso no meu relacionamento. Vivemos uma história especial, sabemos os defeitos do outro, que é melhor nem contar. (risos) Mas nos aceitamos assim mesmo. Somos muito grudados e acabo não fazendo as coisas com a minha família. - E eles reclamam disso? - Eles me respeitam, sabem que amo cada um deles. Mas quando fico muito tempo sem encontrar meus pais, por exemplo, sinto muita falta. Então, chamo todo mundo para me ver, faço surpresa ou vou ao encontro deles. Minha família é e sempre será a minha base. - É por isso que nunca se deslumbrou profissionalmente? - Não tenho a menor dúvida. Eles me ensinaram a ser uma pessoa que respeita o outro, a compreender que todos nós somos iguais, independentemente da raça e da classe social. No início da carreira, por exemplo, me magoou saber que um biotipo específico me excluía de uma seleção. Ouvi até que para o meu tipo só tinham uma vaga. Sempre questionei isso. - E qual foi a sua reação? - Ficar chateada, fiquei. Mas não passou disso. Sou muito positiva e sabia que em algum momento meu trabalho seria valorizado independentemente da minha cor, do corpo... - Você não se considera uma mulher sensual? - Não. No dia a dia sou mais moleca e desencanada. Não sou muito vaidosa, comecei a fazer as unhas por causa do trabalho. Mas, por um papel incrível, topo me transformar em uma mulher fatal e cheia de charme.