A filha biológica de Fernando Scherer, o Xuxa, foi criada desde criança por Renan Ribeiro
Quando era criança, uma das diversões de Isabella Scherer (22) era se vestir como o personagem Capitão Jack do filme Piratas do Caribe. A atuação já dava sinais que estaria em seu destino, assim como a moda — atualmente, ela está envolvida com a sua própria marca de roupas.
“A ideia é conciliar os dois, sempre”, avisa a filha do ex-nadador Fernando Scherer (43), o Xuxa, na Ilha de CARAS. Do pai, herdou a paixão pela natação, pelas viagens e as longas pernas. “Brinco que ele não me passou o olho claro, mas me passou a bunda pequena. Fico brava”, diverte-se ela, que seguiu os passos de Xuxa no esporte por seis anos e chegou a ser vice-campeã brasileira na categoria Infantil 1.
A relação mais próxima com Scherer engrenou aos 10 anos, quando ambos já moravam em São Paulo. Antes disso, Isabella só o via uma ou duas vezes ao ano por causa do trabalho dele nas piscinas mundiais. “Isso nunca foi um problema”, garante ela, apontando Renan Ribeiro (46), marido de sua mãe, Vanessa Ribeiro (49), também como uma referência paterna.
Isabella é bem-resolvida tanto com a família, quanto com os amores. “Não tenho medo de sofrimento. Nossa, os primeiros namoradinhos... Meu Deus, achava que ia morrer. Depois vi que tudo passa. Vai calejando com o tempo”, avalia a atriz.
– Como é voltar para a casa dos pais, em SP, após a temporada no Rio durante a novela Malhação: Viva a Diferença?
– Eles sempre me deram muita liberdade. Até gosto de chegar em casa e ter bastante gente, não ficar sozinha.
– É confuso ter dois pais?
– Quando era pequena, o meu pai morava fora. Ele nadava. Então, cresci com o meu pai Renan. Depois, mais velha, com uns 6 anos, fui tomando consciência que tinha outro pai que morava fora. Via pouco. Não sentia falta porque tinha o meu outro ali. E toda a minha família sempre se deu superbem.
– Mas a natação aproximou mais você do Xuxa?
– Na verdade, comecei a nadar porque queria fazer um esporte na cidade onde eu morava. Quando me mudei para São Paulo com a minha mãe e meu pai Renan, a gente conseguiu se aproximar de fato, tinha mais ou menos uns 10 anos. Acho que, se não tivesse o meu outro pai, com certeza, teria sido muito mais difícil. Treinava uma vez por semana com ele e o treinador dele.
– Por que parou de nadar?
– Estava muito cansativo. Eu treinava de segunda a sábado. Tinha competição até de domingo. Às vezes, não tinha tempo para descansar. E, além disso, eu teria que começar a treinar duas vezes por dia. Queria tempo para fazer outras coisas...
– Apesar da mudança de vida, consegue se sustentar?
– Sim, consigo. Desde que parei a natação, com uns 14 anos, já pensava com o que poderia trabalhar para não ficar dependendo dos meus pais.
– Hoje, com 22 anos, você já faz planos para o futuro?
– Acabo vivendo o momento. Nessa carreira, nunca se sabe o dia de amanhã. Difícil programar as coisas... Por isso também penso na moda como uma segurança na vida. A parte artística realmente é muito complicada. Mas toda a minha família apoia as minhas escolhas.
– Você foi filha única até nascer a Brenda, da relação do Xuxa com Sheila Mello. Sente ciúmes dela?
– Ela veio quando eu tinha 14 para 15 anos. Foi muito tranquilo. Acho que se viesse um pouco antes, com uns 9 anos, talvez tivesse sido um pouco mais difícil. Tinha total consciência que ela era um bebê e que, por isso, demandava muita atenção. Também descobri um carinho por criança que não existia em mim... E a minha irmã é responsável por isso.