Claudia Lira: 'Tenho um paladar infantil'

Imitar os gestos da mãe, Claudia Lira (46), a Beth da novela Rebelde da Record, é uma das principais diversões de Valentina (4). As brincadeiras da menina emocionam a atriz, principalmente pelo fato de ela já enxergar na única herdeira vários traços de sua personalidade. "Vejo na minha filha o jeitinho palhaça que eu tenho. Acho humor até nas coisas trágicas. Quando quer algo, insiste, é batalhadora como eu. Consigo as coisas correndo atrás, sempre com garra, dignidade, sem humilhar ninguém. Ela vai por esse caminho. Ensino Valentina a não ser egoísta. Ela tem um bom coração", refletiu Claudia, na Ilha de CARAS. "Eu me orgulho de ver que é uma criança feliz, muito querida por todos", acrescentou a atriz, que há cerca de dez meses assumiu namoro com o empresário João Marcelo Araújo (39), pai de Carolina (7) e João Victor (5), de um relacionamento anterior. A alegria de Claudia se completa com o atual trabalho. "Minha personagem é uma viúva, tem dois filhos para cuidar. Era rica, perdeu tudo e a única coisa que sabe fazer é costurar. Estou adorando interpretar uma pessoa mais simples, diferente de tudo que já fiz. Agora, na Record, me sinto em casa, como sempre me senti na Globo e nos lugares por onde passei. Dei muita sorte com o meu núcleo formado pelo Edwin Luisi, Cristina Mullins, Zezé Motta, Luciano Szafir, Micael Borges e Lucas Cotrin. A novela, no momento, completa a felicidade que já tinha com Valentina", disse ela. - De que forma a maternidade transformou sua vida? - Amadureci, aprendi a ser mais generosa e paciente, coisas que só entende mesmo quem é mãe. - Como equilibra o trabalho com a criação de Valentina? - Por enquanto está dando certo o meu cotidiano e consigo levá-la à escola e à natação, que ela faz duas vezes por semana. Vamos muito à praia, ao clube. Gosto de viajar com ela. Às vezes, deixo a ginástica de lado para me dedicar a ela, como vinha fazendo antes de começar a gravar a novela. Minha vida é focada na Valentina. Estava de férias, me dedicando totalmente a ela. Não tenho rotina, mas a dela é sagrada. Minha filha é diurna. Deu oito e meia da noite, ela dorme. E está no balé desde os 2 anos, até já se apresentou, e faz aula de teatro no colégio. Tem hora para almoçar, jantar. Não admito essa coisa de 'ah, dá uma pipoca.' Ela tem que comer arroz, feijão, proteína. E tento manter seu lado lúdico. Não estou dando receita de criação para ninguém, mas bastam amor e paciência. Para mim vem dando certo. Fico orgulhosa de vê-la melhorando com o tempo. Ela é educada e tranquila. - Você planeja ter outro filho? - Sinto necessidade de amar e passar o meu amor, mas já estou bem feliz com a Valentina. Agora, tenho vontade de adotar. Esse desejo vem se tornando cada vez mais forte. Mas ainda não sei quando vou realizá-lo, até porque o João tem dois filhos, então, quando todo mundo está reunido, já é uma galera. (risos) - Como é a relação da Valentina com os filhos do João e com ele? - As três crianças sentem bastante saudade uma das outras. Cada uma sabe seu espaço no meu coração e no do João, são bem resolvidas nessa questão. Valentina é muito alegre, não tem como não ficar seu amigo. Os filhos dele também são calmos. Me lembro quando minha menina conheceu o João. Ele começou a brincar com o nome dela e falar 'gelatina, gelatina.' Pensei que aquilo não fosse dar certo, mas achou engraçado. Eles têm um humor próprio e se respeitam. Ela curte o carinho de família. E ele gosta bastante de criança. Aconteceu uma história engraçada. Um dia, de repente, Valentina me perguntou se eu não iria namorar alguém. Aquilo me assustou. Mas falei que se ela queria, iria arrumar um. Ela riu e disse: 'Só não pode ser muito barbudo.' Nada é coincidência, mas no dia seguinte, conheci o João. (risos) - Claudia, o que a deixa feliz ao lado de João? - É um homem maduro e me dá segurança emocional. Encontro nele um companheiro para qualquer momento. Ele me transmite paz. É um cara que se alimenta bem, não gosta de beber, não fuma. Também sou tranquila como companheira. Estamos felizes juntos e ele me ajuda a tomar conta da Valentina. - E o que vocês gostam de fazer para se divertirem? - João gosta de me acompanhar em tudo, porque me ama e quer me ver feliz. Um dos nossos programas prediletos é jantar fora. E ele adora malhar, assim como eu. Fiz balé durante 12 anos, até os 18, quando tive um problema de coluna e precisei parar. A dança me deu uma estrutura bacana, que me ajuda. - Costuma dar importância aos cuidados com sua alimentação? - Não muito. Sei que é errado, mas prefiro comer uma caixa de chocolate e não almoçar. João fica preocupado e meus amigos brincam, dizendo que não sabem onde vai parar tanto açúcar, que existe um 'Triângulo das Bermudas' dentro de mim que absorve o doce.Tenho um paladar infantil. - Valentina é igual? - É o oposto. Até os dois anos de idade eu a levava após almoçar para as festas de aniversário, em vez de deixá-la comer pipoca, brigadeiro... Criei nela um paladar. E não come batata frita. Quando pergunto o que deseja de sobremesa, ela responde: 'Manga.' E nunca entrei em um fast food com ela. As pessoas vão por ser mais fácil, a criança come e fica tudo bem. Nunca quis, nem quero fazer isso. Veja o vídeo na TV CARAS: