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Na ilha de CARAS, Cacau Melo conta que irá conhecer a Índia

Depois de se definir uma metamorfose ambulante, Cacau Melo avisa: o momento é de introspecção

Redação Publicado em 06/03/2012, às 10h45 - Atualizado às 10h54

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A atriz, que dá vida à guerreira Raquel em Rei Davi, da Record, sorri em passeio com a Amazonas Sandals nas mãos. - Renato Velasco
A atriz, que dá vida à guerreira Raquel em Rei Davi, da Record, sorri em passeio com a Amazonas Sandals nas mãos. - Renato Velasco

Se na minissérie bíblica Rei Davi, da Record, Cacau Melo (28) interpreta Raquel, uma guerreira de personalidade inquieta e expansiva, na vida real, o seu momento é de introspecção. “Acho que a proximidade dos 30 anos tem me feito olhar mais para dentro. Vivo uma fase bastante caseira, de descobertas e de silêncio. Hoje em dia, minha programação preferida é ler um bom livro ou ir ao cinema. Nos próximos dias, viajo para a Índia, onde devo ficar por um mês em um retiro espiritual. Sempre morri de vontade de conhecer o país, e ela aumentou ainda mais quando fiz a novela Caminho das Índias, em 2009. Mas, infelizmente, não cheguei a gravar lá. Agora, vou realizar um sonho e acho que não poderia ter escolhido destino melhor”, contou, na Ilha de CARAS. Apesar do período de quietude, a atriz enxerga muitas semelhanças com a postura determinada da personagem. “Ela é uma menina à frente do seu tempo, de vanguarda, não se conforma com a posição que a mulher ocupa na sociedade e aprende a lutar às escondidas. Tenho muito dela. Não me considero exatamente uma feminista, mas sou bem forte, louca por desafios. E cada vez mais Raquel alimenta essa minha gana de aprender, de correr atrás do que acredito em todos os aspectos da vida”, completou ela.

– Como você se enxerga?

– Uma metamorfose ambulante. A música de Raul Seixas me define muito bem. Consigo ser amiga de pessoas totalmente diferentes, tenho grande maleabilidade. Isso é um privilégio. Rigidez não combina comigo e a única coisa que me tira do sério é o autoritarismo.

– Também é maleável em seus relacionamentos?

– Geralmente, sim. Mas o convívio diário com um amor é outro tipo de experiência, bem mais complicada. Nem sempre é possível aparar todas as arestas.

– Você está namorando?

– Não. Estou solteiríssima, o que também pode ser maravilhoso. Sigo me conhecendo mais, curtindo minha companhia... Muitas vezes não é possível fazer isso quando se está profundamente envolvida com alguém.

– Como se mantém bonita?

– Malho com um personal trainer que cuida muito bem de mim. (risos) Tive de intensificar os exercícios aeróbicos e de musculação para fazer a minissérie. Precisei ganhar condicionamento por causa das cenas de luta, que são para valer, bastante reais. Além disso, também me submeto à drenagem linfática com certa frequência. A única coisa difícil no momento é manter esse cabelão de megahair. Dá bastante trabalho.

– Você já teve vários estilos, como é a verdadeira Cacau?

– É verdade. Ser eclética é uma característica minha. Já fui hippie, grunge... Agora, como estou caminhando para os 30 anos, acho que adotei um estilo básico. Além disso, hoje procuro usar roupas que valorizam o meu biotipo, já que sou baixinha.

– Como surgiu em você o desejo de atuar?

– Nunca foi um sonho. Na verdade, queria ser veterinária, amo animais. A possibilidade apareceu quando um amigo me convidou para fazer um curso de teatro, sem grandes ambições, e me encantei. Desde então, nunca mais parei de estudar interpretação, inclusive fiz faculdade de Artes Cênicas. A TV cruzou meu caminho quando fui chamada para o seriado Aprendendo a Empreender, no Canal Futura, em 2004. No ano seguinte, participei do concurso A Nova das Oito, do Caldeirão do Huck, e fui escolhida para viver uma funkeira na novela América. Depois, pintaram outros trabalhos como as peças A.M.I.G.A.S e Monólogos da Vagina, a minissérie global Amazônia, a trama do SBT Amigas e Rivais, Caminho das Índias, e, agora, Rei Davi.

– Você participou do reality show A Fazenda 2, em 2010. O que achou da experiência?

– Foi difícil, mas incrível. Conviver 24 horas com pessoas totalmente estranhas é testar os limites. Talvez aceitasse participar de outro reality só para ver se aprendi a lição direitinho. (risos) Temos de aproveitar o que a vida nos dá. Muitas vezes, aquilo o que desejamos não é o que a gente precisa. Por isso, procuro estar sempre aberta ao que aparece e, antes de tudo, ser sincera comigo mesma.