Em basílica de Roma, a artista plástica expõe esculturas feitas com madeiras de queimadas
A artista plástica Bia Doria (57) está sendo observada por olhares de diversos lugares do mundo. As esculturas feitas de madeira, todas retiradas de queimadas, desmatamentos e outros desastres ecológicos, estão em exposição na Basílica Papal de São Paulo Fora da Muralha, em Roma. Nas redes sociais, a mulher do prefeito de São Paulo, João Doria (59), tem acompanhado o público visitante. “Eu criei uma hashtag para ver o público da exposição e as postagens são de vários lugares do mundo. Estou muito feliz com a repercussão, pois, para mim, é como se deixasse um legado para outras gerações, em nome da natureza”, diz ela, que demorou cerca de seis anos para confeccionar as 12 peças. Nascida no interior de Santa Catarina, a artista conta que sempre presenciou desmatamentos e que seu trabalho é um protesto. “Uma pessoa sozinha não muda o mundo, mas penso que, mesmo pequena, qualquer contribuição é válida. O interessante é que, em Roma, quase não há mais florestas e o contraste das minhas obras com o lugar chama muito atenção e faz refletir.”
A igreja é uma das quatro basílicas papais de Roma, juntamente com a Basílica de São Pedro, a Basílica de São João de Latrão e a Basílica de Santa Maria Maior, além de ser um dos sete templos cristãos de peregrinação. Com curadoria de Livia Bucci, as obras ficam expostas até 15 de junho e devem seguir para a Bienal de Florença e de Veneza, na Itália.