A atriz revelou que se chateia com fofocas e relembrou os rumores de um romance com Jesus Luz em Guerra dos Sexos: "Não tive absolutamente nada com ele"
O peso do parentesco pode até gerar cobranças na vida de Antonia Morais (22). Mas nada que intimide a filha da atrizGloria Pires(50) com o cantor e compositorOrlando Morais (52) e irmã da também atriz Cleo Pires (31) a galgar com personalidade e determinação o próprio espaço. “Isso é uma coisa tão má! Claro que em algum momento atrapalha. Mas não é o fim do mundo. Gosto de ousar, chutar o balde”, ressalta ela, na 15ª temporada CARAS/Neve em Termas de Chillán, sul do Chile. E é essa busca pelos ideais que vem movendo Antonia. Desde o fim de Guerra dos Sexos, de 2012, sua bem avaliada estreia em novelas, ela passou a focar em um projeto musical em que compõe, canta e cria bases através de programa de computador . “Sentia que precisava me expressar cem por cento. E sabia que só conseguiria se fizesse um trabalho autoral. Acho que somente a música dá a capacidade de elaborar algo assim”, opina.
Enquanto fala com paixão sobre os planos para lançar o trabalho, a partir de outubro, que já conta com 45 composições, entre elas, Fuel, trilha de um desfile no Fashion Rio em abril deste ano, Antonia mostra-se encantadora. E não só pela beleza, mas também pelo alto-astral, leveza e um certo ar enigmático. No bate-papo, ela abre o coração ainda sobre fama, o orgulho da família, completada ainda pelos irmãos Ana (14) e Bento (9), e o namoro de quatro anos com o empresário Romeu Bentes-Montenegro (22).
– Como está a relação?
– É muito saudável, tranquila. Acho que o fato de ser à distancia, ele mora em São Paulo e eu, no Rio, até ajuda neste momento porque estamos muito envolvidos nos respectivos trabalhos. Mas nos vemos todos os fins de semana, falamos sempre.
– O que mais gosta nele?
– A determinação. Quando quer algo, vai atrás mesmo. Talvez por isso eu tenha me identificado bastante com Romeu. Tenho admiração por vê-lo conquistar tantas coisas sozinho.
– Já falam em casamento?
– Somos novos ainda. Também nunca sonhei em casar na igreja. Mas filhos, quero ter vários, só é cedo para pensar nisso agora.
– Em algum momento você teve pânico da fama?
– Já tive. Não gosto muito da sensação de sair de casa e estar sendo observada. Mas na época da novela, era muito mais forte. Me olhavam e eu pensava: ‘Será que tem algo sujo em mim?’ A gente esquece, é muito doido.
– O que a chateia mais?
– Fofoca. Incomoda o fato das pessoas ficarem julgando demais sua vida. Mas também não é algo que me tire do sério, ver maldade em tudo é que me irrita.
– E aqueles rumores de que você teria tido um envolvimento com Jesus Luz quando atuaram juntos em Guerra dos Sexos?
– Não tive absolutamente nada com ele. Desde que voltei de Paris, em 2010, tive um só namorado, o Romeu. Todos os outros que falavam, nunca existiram.
– O que sua família significa?
– Somos bastante unidos. Meus pais são muito livres, a gente conversa sobre tudo, não há julgamento, preconceito, sempre deixaram a gente se sentir à vontade, cada um do seu jeito. Tivemos muita liberdade em casa. Cleo cuidou muito de mim quando pequena, porque a mãe trabalhava bastante. A Ana veio e senti a necessidade de fazer o mesmo com ela, de deixá-la acolhida. Desejo que passe isso ao Bento também.
– Eles são seu porto seguro?
– Com certeza. Tento ir na casa dos meus pais duas vezes na semana para não perder a conexão. Às vezes, estou cheia de trabalho, vou e é tão bom. Amo aquelas pessoas e eles também me amam. Não há erro, são a minha base.
– O que mais aprendeu com Gloria e Orlando e tenta seguir?
– Eles trabalham bastante desde cedo, e muito. Tenho orgulho imenso de ambos. Da minha mãe, acho que levo a disciplina. Do meu pai, ele me inspira, o vejo dominando o mundo e amo isso.
– Como iniciou a sua relação com a música?
– O fato do meu pai ter um estúdio em casa influenciou, acompanhava tudo. Desde cedo ouvia muito rock. E também música clássica porque minha mãe é viciada. Tenho pequena obsessão por Beethoven, tão incrível, caótico. Nada me emociona mais do que música, a capacidade que ela tem de nos transportar a lugares, ao passado, a imaginar coisas. Fiz a primeira letra com 10, 12 anos, lembro que o pai queria musicar. Depois, aos 14, aprendi a compor em um programa de computador. Não sei tocar nenhum instrumento, mas hoje faço a produção, a base, crio tudo.
– Qual o estilo do trabalho?
– Tem muito de rock, batida hip hop, eletrônico, vozes distorcidas. Um encontro de tudo o que escutei. Algumas letras falam de personagens que crio, a visão deles. E há muito de mim, é uma fórmula.
– Qual é a fórmula da Antonia?
– Sem definição, inconstante. Uma canção minha fala isso, não consigo me definir em uma coisa só, tenho vários planos. Por exemplo, também amo astrobiologia, quero um dia estudar sobre isso.
– E o seu sonho artístico?
– Quero me sentir feliz com a minha arte e ser livre, sem medo do que vão falar, das cobranças. Sou séria com os meus ideais. Aos poucos, vou me encontrando.