Em entrevista, a atriz Alice Wegmann refletiu sobre autoimagem e falou sobre os transtornos alimentares que já enfrentou
Publicado em 03/06/2024, às 12h57
A atriz Alice Wegmann foi descoberta por Susana Garcia em uma escola de teatro aos 11 anos. A diretora e cineasta a incluiu em várias peças, preparando-a para seu papel em Malhação, na Globo, quatro anos depois. Antes disso, Alice dedicava todo o seu tempo livre à ginástica artística, que lhe exigia disciplina. E Isso mexeu com sua relação com o corpo.
Em entrevista à Glamour, ela refletiu sobre autoimagem e falou sobre transtornos alimentares. Ao ser questionada sobre como construiu sua autoestima a partir do passado no esporte e do amadurecimento diante das câmeras, ela disse que foi um processo difícil, em especial na adolescência.
"Tive a sorte de ter essa virada de chave cedo, ali com 25 anos, durante a pandemia, quando consegui olhar para mim. Antes, eu vivia emendando personagens, trabalhando, estudando. Tinha pouco tempo para pensar nos meus prazeres. O que eu gosto de comer? A minha relação com a alimentação era muito diferente da que tenho hoje. Eu mal apreciava; tinha um processo de restrição grande, que me gerava compulsão alimentar. Ficava muito insatisfeita comigo, sentia culpa", recordou.
E completou: "E aí, com isso, não gostava do que estava vendo no espelho. Era um ciclo sem fim. Durante uns dez anos, dos 14 aos 24, vivi assim. Procurei tratamento, comecei a fazer análise. E, na pandemia, talvez tenha atingido meu maior peso, e consegui me ver bonita. Então, pensei: "O que fiz da minha vida durante todos esses anos? Olha que mulher maneira que eu sou. Para que vou me esconder?". Rensga me trouxe uma luz também, me vi linda na personagem. Me deu isso de querer ver o mundo e ser uma grande gostosa. Não quero mais ficar envergonhada de mim".
A atriz falou também como está atualmente. "Eu acho que o transtorno alimentar é uma doença que pode voltar a qualquer momento, como um vício. Estou sujeita a retornar para esse processo a qualquer momento. É um dia de cada vez. O que me ajuda, além da estrutura de análise semanalmente, é me exercitar e me permitir mais. Dieta restritiva é muito ruim. Mudei essa relação", analisou.
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