Ao lado de Julia Lemmertz, que também evitou a carreira de atriz durante um tempo, Zezé Polessa afirma que já passou bons apuros durante a faculdade de medicina. Apesar de não seguir a profissão, ela diz que não se arrepende
Julia Lemmertz (49) eZezé Polessa (58) participaram na manhã desta terça-feira (18) do programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, e revelaram que tentaram fugir da carreira de atriz. Julia, que é filha dos atores Lineu Dias (1928-2002) e Lílian Lemmertz (1937-1986), afirmou que durante muito tempo tentou renegar a “herança artística da família”. Já Zezé revelou que, por conta de um tio médico e da vontade de descobrir o corpo humano, chegou a se formar em medicina.
“Passei a infância toda sendo questionada se queria ser atriz, era óbvio. Eu gostava, mas queria fazer várias coisas, entrar na veterinária, me arriscar em outras profissões que eu gostava também. Deixei meus pais confusos, pois, apesar de participar das gravações, tomar textos dela, não sabia que estaria ali também”, declarou Julia.
Zezé diz que foi incentivada a cursar medicina pelo tio José Maria, já falecido, e que quase teve um consultório. "Ele havia feito uma cirurgia na minha mãe e eu, aos nove anos, achei que ele tinha salvado ela. Então, se tornou o meu herói. Quando ele soube da faculdade, já falou que eu teria uma clínica e me levou logo no primeiro ano para ver as cirurgias. Mas eu desmaiava, achava que não era para mim... Mas ele dizia que era assim mesmo (risos). Eu virava a cabeça e já acordava lá fora, com as enfermeiras”.
'Quero ser atriz'
Julia só entrou na carreira artística quando foi convidada para o primeiro teste. “Quando fui prestar o vestibular, me chamaram para um teste que eu acabei indo. Lá, vi que sabia decorar o texto, sabia fazer direitinho. Entendi que, embora fosse bastante natural, era algo que dava um frio na barriga. Era isso que eu queria”.
A descoberta de Zezé ocorreu muito mais tarde, somente no 4º ano da faculdade. “Foi ali que eu entendi que não queria mais fazer medicina e que queria ser atriz. Eu já participava de um grupo e estava encantada com essa possibilidade”, declarou ela, que não se arrepende de ter concluído o curso.
“Fiz residência médica em medicina social, na Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, e foi bacana. Pude ver o lado humano, ter contato com a realidade do brasileiro e dos hospitais. Ainda não tentei psiquiatria, psicanálise, então eu penso, será que um dia eu volto?”, se pergunta.