No papel de vilão, Reynaldo Gianecchini protagoniza 'Cruel'
Quando precisou interromper a temporada de Cruel, drama de August Strindberg (1849-1912), para iniciar o tratamento contra o câncer, Reynaldo Gianecchini (39) saiu de cena com duas certezas: sua recuperação e o retorno aos palcos. As convicções do ator se concretizaram e, curado, ele volta a arrancar aplausos do público ao reestrear a peça, esta semana, ao lado de Maria Manoella (34) e Erik Marmo (35) e com direção de Elias Andreato (55), no Teatro Faap, em SP. “Nunca pensei em ficar longe da minha carreira. O tratamento tinha um prazo de seis meses e sempre acreditei que eu fosse voltar. Aposto nesse retorno... E volto com tudo!”, celebra o talentoso ator, ainda careca.
Em cena, Giane encarna um vilão e garante que a atmosfera não o afeta. “Parece estranho, depois de tanto amor que recebi, dar vida a um personagem amargo, mas não o levo para casa. Por isso, ele não me influencia. Pelo contrário, me divirto com a maldade dele e acho engraçado ter a permissão para ser mal”, afirma, radiante ao reassumir os papéis que a vida lhe deu.