Triste adeus de Roberto Carlos a Ana Paula, sua filha do coração
Amparado pela família, ídolo silencia e chora morte de sua primogênita, vítima de parada cardíaca aos 45 anos de idade
Redação Publicado em 19/04/2011, às 16h48 - Atualizado em 10/01/2013, às 22h14
Na ordem natural da vida, vão-se os pais, ficam os filhos. Como não poderia deixar de ser, quando a lógica se altera, a dor e o sentimento da falta se intensificam. Infelizmente, é nesta atmosfera que o Rei Roberto Carlos está mergulhado na semana dos seus 70 anos. Na madrugada do último sábado, dia 16, a sua filha mais velha, Ana Paula Rossi Braga Ferreira, morreu, aos 45 anos, vítima de parada cardíaca, em seu apartamento, em Moema, na capital paulista. A causa oficial da morte de Ana, sem histórico de doença, será revelada em laudo médico, em 60 dias.
Filha de Cleonice Rossi (1939-1990), a Nice, um grande amor de Roberto, Ana foi adotada pelo cantor após ele se casar com a mãe dela, em 1968. "Ana é uma pessoa iluminada", costumava dizer o Rei, que mais que herdeira, a tinha como grande companheira. Casada com o violonista e guitarrista da banda do pai, Paulinho Ferreira (53), o par havia oficializado em 2008 a união, sem filhos, de quase dez anos. Abalado com a notícia, Roberto chegou ao velório na tarde de sábado, na Capela do Hospital Albert Einstein, recebeu os amigos e familiares e seguiu para o cemitério do Araçá, local do sepultamento. "Só tenho boas lembranças da minha irmã. Uma pessoa tranquila e serena, era difícil não se encantar por ela. Fará muita falta para nós e para o papai", fala Dudu Braga (43), com a mulher, Valeska Silva (30), e a irmã Luciana Braga (40), ambos filhos de Roberto e Nice. Pai ainda de Rafael Braga (46), com Maria Lucila Torres, falecida em 1990, Roberto, que mora no Rio, estava em SP quando soube da morte. "Éramos padrinhos de casamento dela. Parece um pesadelo. Amanhã acordaremos e não será real", desabafa Maria de Fátima Furiozo (48), mulher de Carlos Alberto Braga (77), um dos três irmãos do Rei.
Parceiros do cantor, o maestro Eduardo Lage (63), o baterista Norival D'Angelo e o pianista Antonio Wanderley (69) o amparavam, assim como o empresário, Dody Sirena (50), e a assistente, Carminha (70). Firme, a assessora há mais de 30 anos, Ivone Kassu (65), o confortava como só quem conhece a alma do Rei sabe fazer: em silêncio. Católico praticante, ele ouviu os padres Antônio Maria (67), que conduziu oração no velório, e Elinaldo Ferreira de Oliveira (47), que fez as exéquias de encomendação do corpo. "A última vez que falei com Ana, ela estava muito feliz. Ela permanecerá viva no coração de quem a ama", diz Antonio Maria, que deu a extrema-unção à Maria Rita (1961-1999), a última mulher do Rei.
Companheira da Jovem Guarda, Martinha (61) deu adeus à Ana. Com ela, Mariana Kupfer (36), Bia Aydar (53), o médico Marco Aurélio Cunha (56) e Myrian Rios (52), ex de Roberto. "Sei que ele recebe força de todo mundo. É mesmo um momento para se ter força", diz Bia. "Uma morte súbita traz a dificulde da aceitação, mas Roberto é um homem sábio e vai vencer mais esta tristeza", define Marco. "Eu a conheci aos dois anos de idade. Ela ia a todos os shows, opinava nas roupas, nos detalhes. Roberto vai superar, pois é um rei e tem proteção divina", afirma o pianista Wanderley.
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